Boa tarde,
Estou a escrever porque sinto que preciso urgentemente de ajuda... Há quatro anos fui mãe pela primeira vez e senti-me imersa num amor tão forte que me assustava. Daí em diante vivi para o meu filhote, para o fazer feliz. Como sou filha única, sempre quis ter mais que um filho. Este ano engravidei e passei grande parte da gravidez com receio de não conseguir amar um segundo filho como amo o primeiro. Para além disso tive de repouso absoluto a maior parte da gravidez, o que veio alterar por completo a minha relação com o mais velho (passei de parceira de jogos e brincadeiras à mulher que não saía da cama e tinha dói-dói na barriga). O meu filho ressentiu-se e passou de criança feliz e meiga a teimoso e revoltado (a meiguice acabava por vencr, mas alterou muito o comportamento quotidiano, inclusivé dizendo que já não queria o irmão). Agora que o bebé já chegou sinto-me tão perdida... Por um lado quero compensar o mais velho, por outro quero formar ligações com o mais novo. O bebé é comilão e pede mama quase de hora a hora. Isso faz com que esteja exausta, sem paciência, mal me alimento... O mais velho continua teimoso, faz asneiras, tão depressa me quer como, quando me chego a ele, me afasta... E eu, em vez de o compensar, noto que só lhe chamo a atenção, critico, afasto... E ontem tive um ataque de choro à frente dele que vi que o paralisou mas que não consegui evitar. Como posso ser a mãe ue quero e que os meus filhos merecem? É que já me questiono se terá valido a pena ter outro filho...

Bom dia,
Em primeiro lugar, com tudo o que descreve, a única certeza que tenho é que você É a mãe que os seus filhos merecem e que está a fazer um óptimo trabalho! Todas as questões, dúvidas, são normais principalmente quando as coisas não correm como o idealizado, o que só faz de si humana. E como tal, tem que conseguir aceitar os seus limites e tentar reformular as suas expectativas. Agora, vamos parar um pouco e pensar em si. Precisamos de uma mamã alimentada e minimamente repousada para ter o discernimento de que precisa para se organizar. O seu bem-estar é essencial e não deve ser descurado. Tem que tentar, no meio de toda a “loucura”, arranjar uns bocadinhos para si e para isso tem que contar com quem tem ao lado: dividir a responsabilidade e as tarefas e estabelecer prioridades (se ajudar faça um horário de tarefas e tente cumpri-lo). A única coisa que ninguém pode fazer por si é amamentar; tudo o resto pode ser delegado para que possa comer e descansar no intervalo das mamadas. É imperativo descansar quando o bebé descansa. Se as mamadas são pouco espaçadas, pode tentar ver junto do médico ou enfermeira estratégias para que o bebé se alimente mais tempo para que não peça mama tão depressa.
Em relação ao mais velho, ele continua uma criança feliz e você não está a fazer nada de errado, por isso ponha de lado as culpabilizações. É apenas difícil para uma criança dessa idade integrar a ideia de que as coisas mudam, o que faz parte das aprendizagens de um pequeno ser. Esta dificuldade de adaptação a um irmão, que se prende pelo ter que dividir a mãe que até agora era exclusivamente sua, é complicada de gerir mas não impossível. Você continua a ser a mamã que ele ama, companheira de brincadeiras, só precisa de um tempo para se reestruturar e se adaptar à nova realidade. É muito importante que continuem a educá-lo segundo os vossos princípios com regras e limites bem definidos, não permitindo as birras e as asneiras, assim como não o permitiria antes. Converse com ele, reforce o quanto gosta dele e que anda cansada porque tem dormido pouco, nunca pondo como causa do seu cansaço o bebé que agora veio. Para estimular a relação dos dois pequenitos, reforce a ideia da importância do irmão mais velho, pondo-o a participar nas tarefas e cuidados ao bebé, o que, além da relação, vinculará o sentimento de pertença a esta “nova” família.
Tenha presente que com o tempo também o bebé vai ficando mais autónomo, logo, menos dependente de si, pelo que vai ter um pouco mais de espaço para o resto.
E o que é o resto? A vida é mais além da maternidade. Tenha momentos de qualidade não só com os seus rebentos como com a família, amigos, marido/companheiro e principalmente consigo mesma. Os seus momentos, nem que sejam aqueles 10 minutos de duche quente e relaxante, são fundamentais para que se mantenha emocionalmente saudável. Não se ponha demasiada pressão, os seus pequenitos estão bem e você vai ficar bem. Aproveite os seus filhotes. Você é uma mãe excepcional. Acredite! Felicidades!!!
Mais perguntas
Olá !
Hoje venho com um assunto um pouco diferente, mas a necessitar de alguma ajuda e conselhos...
Já tenho um filho, lindo com 4 anos e estou naquela fase ter outro ou não! O meu maior problema é que trabalho no hospital e faço turnos. A minha mãe ajuda me com o filhote mas diz k outro não ajuda. Como trabalho por turnos eu e o meu marido e não tenho sogros só tenho mesmo a ajuda dela. Muitas vezes tem k ficar 2 dias com o meu filho pois trabalhamos muitas horas seguidas.
Já pensei em contratar alguém para depois ficar com eles, mas a minha mãe quer continuar a ficar com o neto. Eu não queria separar os meus filhos, nem acho bem um ficar com a avó e outro com a empregada. A minha mãe diz me que se serviu até agora para cuidar o bebe, vai continuar a servir, e que não lhe posso tirar o menino. Ela ainda é nova, o meu pai falaceu a uns anos e ela quer retomar a vida dela e eu entendo, mas sinto que não estou a conseguir tomar uma decisão por causa dela...
Às vezes acho que o melhor é esquecer a ideia.
Ajudem por favor
Obrigada e beijinhos
Bom dia
Eu e o meu marido não nos entendemos na educação dos miúdos. Especialmente no que toca a tecnologias.
Costumo dizer que as crianças estão sempre alertas. Aprendem rapidamente os comportamentos dos pais e imitam-nos.
Sou muito rígida no que toda a Regras (palavra proibida em minha casa pelo meu marido). Mas tenho sempre uma organização de tudo o que tenho de fazer e apesar de tudo estar escrito e afixado (ementas semanais, data dos testes, etc.) eu defino prioridades mentalmente, entre jantares, banhos e tpc´s. Rotinas atípicas porque todos os dias há coisas diferentes e prioridades diferentes. Mas é inútil ainda assim pois sou a única que me esforço para que o final do dia seja calmo, quer para nós quer para eles. Mas está a ser absolutamente impossível. Sozinha tentei criar uma formula de controlo para que tudo funcionasse melhor, já que sou eu que defino as prioridades e sou eu que as tenho de ajustar diariamente. Retirei todas as tv dos quartos e cozinha, escondi os tablet e comandos das consolas assim como as próprias consolas. Isto porque eu também cedo quando traquejo. Mas as coisas pioraram pois é o próprio pai que passou a usar o tlm ou o tablet na frente das crianças e a hora da refeição, e quando estamos todos juntos na sala, ele é o único que não convive pois está de phones ligados a um dos seus equipamentos. Já tentei falar mas acabamos sempre a discutir. Falei lhe em terapia familiar e gerei uma discussão que nunca tinha presenciado. Peço lhe que leia artigos sobre crianças e como educa-las, como nos devemos comportar enquanto pais, mas ele acha que eu que eu é que estou a criar um problema. Enquanto isso o nosso filho tem muitas negativas e problemas de comportamento. Ele da-lhe tareia pois diz que ele com palavras já não vai lá. O menino detesta a escola e esta prestes a chumbar pela 2 vez. Já foi seguido por psiquiatras e psicólogos. Tomou medicação. Mas acabamos por cessar a medicação já que a psicóloga diagnosticou uma irregularidade afectiva. Já não consigo falar com o menino, pois ele prefere o pai apesar de saber que depois leva tareia, consegue falar com ele e o pai deixa o usar os equipamentos dele ou deixa o estar na sala a ver o que quer enquanto o pai usa os phones. Optei por desistir e ... viro as costas. Não janto e deito me!
Como devo proceder? Perdi as esperanças!
Boa tarde,
Precisava de alguma orientação nesta fase da minha vida.
Apenas uma pequena introdução para as questões em que preciso de ajuda.
Tive uma relação de 6 anos, desde que o meu filho nasceu, aconteceram traições por parte do meu ex, que após várias tentativas de reconciliação, para mim não estava a ser nada fácil confiar novamente, pois também achava que ele se arrependia por pouco tempo porque voltava a ter as mesmas atitudes que indiciavam que me estava a trair novamente. A última conseguiu mesmo acabar com a nossa relação. Ela era casada, era minha conhecida e eles começaram uma relação mesmo antes de estarem separados. Ele saiu de casa em Outubro 2015, em Janeiro já estavam a viver juntos, e quando era fim de semana de ficar com o nosso filho ele ia para casa dos pais com o menino. Desde Março que ele anda a tentar que ele durma em casa deles. Para mim, não está a ser nada fácil. Primeiro foi a humilhação de eles se terem envolvido, e ter que lidar com isso. Depois é a questão de ver o meu filho a dormir no meio deles quando vai para casa deles. Sempre que tento manter a cordialidade, estas coisas passam-me pela cabeça e fico com raiva. e custa-me. Vou ser sincera. O meu filho cada vez mais começa a fazer perguntas. inclusive a semana passada, em conversa disse-me que ela era mãe dele. Tudo isto tem sido desgastante. e não consigo sequer falar com ele sobre estas questões.
O que posso fazer para me manter saudável mentalmente? Como acham que deveria ser as minhas abordagens com o pai do meu filho? Como conseguir ver o meu filho ao lado de 2 pessoas que me enganara?
Muito obrigado
Bom dia,
depois que descobri que estou grávida pela segunda vez, comecei a pensar em certas coisas, e isso está a deixar-me atormentada, como por exemplo, desistir de tudo e sumir com meus filhos, pedir as contas no serviço, em me matar. Não tenho ajuda do pai, são pais diferentes, ele parece não aceitar tudo isso.
Eu não sei o que fazer, se isso pode ser depressão ou outra coisa, procurei meios de ver o que era, terapia entre outras coisas, mas parece que nada funciona.
Eu realmente preciso de ajuda e não sei o que fazer.
Boa tarde.
Tenho 26 anos e estou na minha primeira gravidez.
Não sei bem como expor a situação pois é uma série de coisas e sinto-me doida.
Sempre fui uma pessoa muito ansiosa e sofro de ataques de pânico. Já fiz medicação algumas vezes, já fiz psicoterapia e já fiz sessões num grupo de pânico. A juntar a isto o meu estado de espírito sempre foi um pouco depressivo e no ano passado fiz cerca de 5 meses a fluoxetina 20mg.
Estou casada há 7 meses, e desde que casei que muitas coisas mudaram na relação. Surgiram as rotinas, deixou de haver "loucura", o meu apetite sexual começou a baixar etc. Entretanto em Dezembro engravidei e estou de 12 semanas. Apesar de ter sido planeado, pois deixei de tomar a pílula por vontade própria (parei a pílula e também a fluoxetina, sem desmame), assim que deixei engravidei logo e acabou por ser um choque. Fiquei feliz quando soube e o pai também mas o que é certo é que não tenho sabido lidar bem com a gravidez. Tenho muitos enjoos, azia, pernas cansadas, dores na coluna e tudo isto (que eu sei que é normal) não me deixa estar bem com nada, já para não falar de todas as alterações hormonais (choro constante, borbulhas na cara) e das insónias e pesadelos que tenho todas as noites. E isto também deve estar associado ao meu estado depressivo que já tinha.. não sei.
A tudo isto juntou-se a minha relutância de ser tocada, os abraços, beijos e intimidade com o meu marido tem estado fora de questão. Toda esta salgalhada de sentimentos negativos psicológicos e físicos esta a prejudicar o meu casamento. Ele está desmotivado e eu não consigo sorrir com nada. Coloco tudo em questão. Penso que isto é uma dádiva pois tanta gente quer engravidar e não consegue mas eu por vezes dou por mim a pensar que foi um erro. Não quero que ninguém me diga nada, não quero que toquem na minha barriga, não tenho vontade de estar com as pessoas, nem sequer telefonar. Só quero estar isolada de tudo e todos e que ninguém me incomode. Estou a prejudicar tudo à minha volta: trabalho, casamento, família e amigos.
Sinto-me doente mentalmente e não sei o que fazer.
Obrigada por ler este desabafo.
Boa tarde!
Tenho 31 anos, quase 32. Chego aquela idade que tenho que pensar ou tenho um filho já ou nunca mais tenho (para não ter gravidez de risco).
Acontece que, pelo que tenho lido (livros, fóruns, etc), existe algumas coisas que me assustam uma das quais o facto de se engordar na gravidez (engordar muito, aumento apetite, etc)
Eu com 7 anos era uma criança gordinha, mas sofri de bullying e passado um ano estava muito esquelética, sofri de anorexia nervosa na adolescência e, hoje em dia, a minha relação com a comida não é satisfatória.
O que faço para me ajudar a mim própria?