Chegada de um irmão | De Mãe para Mãe

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Chegada de um irmão

Qua, 17/12/2014 - 15:18
Psicologia
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Boa tarde,
Estou a escrever porque sinto que preciso urgentemente de ajuda... Há quatro anos fui mãe pela primeira vez e senti-me imersa num amor tão forte que me assustava. Daí em diante vivi para o meu filhote, para o fazer feliz. Como sou filha única, sempre quis ter mais que um filho. Este ano engravidei e passei grande parte da gravidez com receio de não conseguir amar um segundo filho como amo o primeiro. Para além disso tive de repouso absoluto a maior parte da gravidez, o que veio alterar por completo a minha relação com o mais velho (passei de parceira de jogos e brincadeiras à mulher que não saía da cama e tinha dói-dói na barriga). O meu filho ressentiu-se e passou de criança feliz e meiga a teimoso e revoltado (a meiguice acabava por vencr, mas alterou muito o comportamento quotidiano, inclusivé dizendo que já não queria o irmão). Agora que o bebé já chegou sinto-me tão perdida... Por um lado quero compensar o mais velho, por outro quero formar ligações com o mais novo. O bebé é comilão e pede mama quase de hora a hora. Isso faz com que esteja exausta, sem paciência, mal me alimento... O mais velho continua teimoso, faz asneiras, tão depressa me quer como, quando me chego a ele, me afasta... E eu, em vez de o compensar, noto que só lhe chamo a atenção, critico, afasto... E ontem tive um ataque de choro à frente dele que vi que o paralisou mas que não consegui evitar. Como posso ser a mãe ue quero e que os meus filhos merecem? É que já me questiono se terá valido a pena ter outro filho...

Joana Prudêncio

Bom dia,
Em primeiro lugar, com tudo o que descreve, a única certeza que tenho é que você É a mãe que os seus filhos merecem e que está a fazer um óptimo trabalho! Todas as questões, dúvidas, são normais principalmente quando as coisas não correm como o idealizado, o que só faz de si humana. E como tal, tem que conseguir aceitar os seus limites e tentar reformular as suas expectativas. Agora, vamos parar um pouco e pensar em si. Precisamos de uma mamã alimentada e minimamente repousada para ter o discernimento de que precisa para se organizar. O seu bem-estar é essencial e não deve ser descurado. Tem que tentar, no meio de toda a “loucura”, arranjar uns bocadinhos para si e para isso tem que contar com quem tem ao lado: dividir a responsabilidade e as tarefas e estabelecer prioridades (se ajudar faça um horário de tarefas e tente cumpri-lo). A única coisa que ninguém pode fazer por si é amamentar; tudo o resto pode ser delegado para que possa comer e descansar no intervalo das mamadas. É imperativo descansar quando o bebé descansa. Se as mamadas são pouco espaçadas, pode tentar ver junto do médico ou enfermeira estratégias para que o bebé se alimente mais tempo para que não peça mama tão depressa.
Em relação ao mais velho, ele continua uma criança feliz e você não está a fazer nada de errado, por isso ponha de lado as culpabilizações. É apenas difícil para uma criança dessa idade integrar a ideia de que as coisas mudam, o que faz parte das aprendizagens de um pequeno ser. Esta dificuldade de adaptação a um irmão, que se prende pelo ter que dividir a mãe que até agora era exclusivamente sua, é complicada de gerir mas não impossível. Você continua a ser a mamã que ele ama, companheira de brincadeiras, só precisa de um tempo para se reestruturar e se adaptar à nova realidade. É muito importante que continuem a educá-lo segundo os vossos princípios com regras e limites bem definidos, não permitindo as birras e as asneiras, assim como não o permitiria antes. Converse com ele, reforce o quanto gosta dele e que anda cansada porque tem dormido pouco, nunca pondo como causa do seu cansaço o bebé que agora veio. Para estimular a relação dos dois pequenitos, reforce a ideia da importância do irmão mais velho, pondo-o a participar nas tarefas e cuidados ao bebé, o que, além da relação, vinculará o sentimento de pertença a esta “nova” família.
Tenha presente que com o tempo também o bebé vai ficando mais autónomo, logo, menos dependente de si, pelo que vai ter um pouco mais de espaço para o resto.
E o que é o resto? A vida é mais além da maternidade. Tenha momentos de qualidade não só com os seus rebentos como com a família, amigos, marido/companheiro e principalmente consigo mesma. Os seus momentos, nem que sejam aqueles 10 minutos de duche quente e relaxante, são fundamentais para que se mantenha emocionalmente saudável. Não se ponha demasiada pressão, os seus pequenitos estão bem e você vai ficar bem. Aproveite os seus filhotes. Você é uma mãe excepcional. Acredite! Felicidades!!!

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Qui, 29/04/2021 - 21:49
Psicologia
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Boa noite, estou a escrever um pouco “desesperada”... tenho a minha filha que já tem 7anos e ela simplesmente não me obedece, e faz muitas birras, quando lhe dizemos um “não”. Também é muito chorona, chora porque não quer ir dormir , depois porque não se quer levantar , depois porque não quer escovar os dentes , basicamente , tudo é um motivo para chorar , já lhe tentamos explicar que não resolve nada chorar que é melhor encontrar uma solução mas de nada adianta, porque, faz uma crise e depois fica tudo bem, conversamos e ela diz que entende mas depois passados 40m pede alguma coisa e se lhe dizemos que não... acontece o mesmo. Não sei como posso ajudá-la e fazê-la entender que chorar não é uma solução. Muito obrigada desde já

Dom, 21/01/2018 - 12:28
Psicologia
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Boa tarde!
Sofro de depressão e ansiedade mas estava controlada até engravidar. É normal no primeiro trimestre da gravidez a depressão piorar muito mais? Desde as primeiras semanas que a o meu estado psicológico mudou drasticamente para pior sem perceber porquê.. Obrigada!

Sex, 19/01/2018 - 16:28
Psicologia
Filipa Martins2 offline

Estou grávida e desempregada com uma menina de 3anos. Ela está na creche. Mas como não estou a receber nenhum tipo de subsídio penso em tirá-la de lá e ficar com ela em casa. Pensa que vai ser bom para ela?

Sex, 12/01/2018 - 19:44
Psicologia
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Tenho andado angustiada porque o meu menino sempre que vai ao Centro de Saúde começa a chorar aflito, desde que lhe começamos a tirar a roupa, para ser pesado, auscultado, até irmos embora. Para agravar ainda mais a situação, já somos alvo de troça por parte do pessoal médico, nomeadamente pela médica de família. A última vez que lá foi, uma assistente, entrou pelo gabinete da enfermeira e foi tirar as calças ao meu menino que chorava desalmadamente, porque não as queria tirar. Estava com febre e era preciso dar-lhe um supositório. não me deixaram acalmar o meu filho, entrou aquela pessoa estranha e fiquei envergonhada. A médica de família que me deveria apoiar, ainda troçou da situação, dizendo: " Já soube que tiveram que te vir tirar as calças".
Retrocedendo um pouco na história médica do meu menino, ele já teve alguns problemas de saúde, desde bronquiolites, uma infeçao urinária, isto praticamente assim que nasceu. ele já sofreu e a mãe também. penso que terá uma relação com a atitude dele. não sei o que fazer?

Sáb, 06/01/2018 - 00:41
Psicologia
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Olá eu tenho 18 anos e o meu namorado tem 17 anos. Namoramos à 8 meses mas já fazemos vida de casal. Ele dorme na minha casa ou eu na dele e passamos a vida na casa um do outro.
Ele trabalha e eu também, os dois juntos ganhamos numa média 700€/mês.
Eu sempre quis ser mãe nova mas nunca calhou e agora tou naquela fase de querer juntar me com ele é ter já um filho mas ele diz que não quer só prai daqui a 5 anos no mínimo.
Eu ando a dar em tola com isto na cabeça e não sei o que fazer. Sei que a minha família nem a dele iam gostar mas eu ia e não sei mesmo... o que faço? Obrigada

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Gostaria de saber o que fazer pelo meu filho que continua com 9 anos a caminho dos 10 anos a urinar durante a noite. O pediatra dele já lhe deu comprimidos e nada... ja tentei levanta lo de 3 em 3 horas e muitas das vezes não resolve... ja começo a entrar em desespero. Depois ja evita ir para casa de outras pessoas principalmente do pai para isto não acontecer. O pai infelizmente não entende que é um problema que ultrapassa o filho e eu já não sei o que fazer. Peço ajuda sff

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