Gravidez e medicação para a depresão e ansiedade são totalmente incompatíveis? | Page 64 | De Mãe para Mãe

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Gravidez e medicação para a depresão e ansiedade são totalmente incompatíveis?

Seg, 19/07/2010 - 13:05
Ginecologia e obstetricia
MariaLu2010 offline

Boa tarde, o meu nome é Maria e sofro de crises de ansiedade/pânico há cerca de 10 anos. Ao longo deste tempo sempre tive acompanhamento psiquiátrico (tomava alprazolam e efexor e sempre que estava medicada, conseguia estabilizar os ataques de pânico).

Paralelamente, comecei a fazer psicoterapia que, apesar de ajudar, até agora não foi o suficiente para uma remissão total do problema, que parece voltar sempre que interrompo a medicação.

Neste momento estou a pensar engravidar e tenho muito medo de não conseguir evitar tomar medicação (continuo a tomar meio alprazolam 0.5 à noite).

A minha pergunta, já que existem inúmeras opiniões divergentes que me deixam confusa, é a seguinte: a gravidez e este tipo de medicação (anti-depressivo e/ou ansiolítio) são totalmente incompatíveis?

Assim, sendo, alguém que sofra deste distúrbio do pânico não poderá equacionar a hipótese de ser mãe?

Agradeço desde já a sua resposta.

Melhores cumprimentos,
Maria

Marcela Forjaz

Boa noite!
Seria muito injusto que mulheres com patologia do fôro psiquiátrico se vissem por isso privadas de construir o seu núcleo familiar e deixassem de cumprir algo que as deixaria mais realizadas.
Depressão e ansiedade são quase a epidemia do século, não devem ser ignoradas ou desvalorizadas e precisam de tratamento. E o tratamento pode curar. A grávida ideal é a mulher saudável que não toma qualquer medicação. No entanto, nos nossos dias isso é quase impossível e no caso da depressão e ansiedade muitas vezes não é viável esperar pelo fim da terapêutica para prosseguir a vida, nomeadamente um projecto de ter filhos.
Assim, há alguns medicamentos usados nestes casos que podem cursar com uma gravidez normal, com um normal desenvolvimento do feto. O que há a fazer é manter acompanhamento psiquiátrico, haver comunicação entre o GO e o psiquatra, para em primeiro lugar adaptar a medicação à nova situação, acompanhar a forma como a grávida vive a sua gravidez e como isso influencia a patologia existente, e apoiá-la no pós-parto porque geralmente é mais susceptível de fazer a chamada depressão pós-parto.
Há patologias psiquiátricas mais graves e necessitando de terapêutica com mais riscos para o feto e para a qual não há alternativas mais inócuas; nesses casos tem-se sempre que pesar de um lado os benefícios e do outro os riscos e acredite que as decisões são sempre bem ponderadas. Mas o que será melhor para o bebé, nestes casos? Ao nascer encontrar uma mãe equilibrada e preparada para o receber, ou uma mãe em fase de descontrolo e incapaz de cuidar do filho? Nestes casos mais "pesados" há riscos mas são sempre medidos, calculados, e sobretudo mantem-se uma vigilância mais apertada.
Bom, tudo isto para lhe explicar que a medicação para a depressão e ansiedade pode quase equivaler à de uma constipação, quando comparada com a terapêutica para uma patologia psiquiátrica mais grave que seria equivalente...a uma gripe complicada de pneumonia! São coisas que acontecem, certo?...E a sua GO lá estará para a acompanhar e decidir o que será melhor!
Espero que corra tudo bem consigo!

Mais perguntas

Ginecologia e obstetricia
andrea_22 offline

Olá Doutora, eu retirei um inplanom já faz quatro meses, quanto tempo demora para eu poder engravidar? Obrigada.

Qua, 18/08/2010 - 10:22
Ginecologia e obstetricia
Jinho offline

Olá, já tenho o resultado das minhas análises e pelos valores não estou imune contra a rubéola. No entanto estive a verificar o meu boletim de vacinas e lá tenho apontada a toma da vacina VASPR em 1994.
Como andava muito descansada em relação a este assunto fui completamente apanhada desprevenida. Eu quero mesmo engravidar até ao final do ano mas já observei que tomando a vacina, tenho mais 3 meses de espera. Tenho mesmo de me vacinar contra esta doença?

Muito obrigada.

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Ginecologia e obstetricia
brunaacarolinne offline

Olá Doutora.Eu estou tentando engravidar,mas no começo do ano tive um acidente e quebrei a bacia (ramo ísquio púbico e asa ilíaca)será que ainda posso ter parto normal ? Obrigada.

Sex, 30/07/2010 - 13:36
Ginecologia e obstetricia
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Olá Doutora, estou muito triste... minha pequena Gabrielly nasceu de cesariana mas não resistiu. Em menos de 24 horas depois, ela faleceu. Fiz uma cesariana à pressa porque o meu líquido baixou, e estando eu de 36 semanas de gravidez,o meu GO disse que ia dar tudo certo pois ela estava com 2,100 kg. Infelizmente não deu muito certo pois ela nasceu bem mas acabou acontecendo o pior.

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Estou louca para ter um bebé para aliviar este meu vazio pois era a minha primeira filha. Não aguento mais esperar e não me importo de fazer outra cesariana.

Desde já agradeço o seu conselho...

Seg, 09/08/2010 - 23:46
Ginecologia e obstetricia
visolela offline

Olá doutora,descobri em Abril que tenho miomas na parede do útero.

Os ovários estão bons e o útero tem um tamanho normal, e segundo o ecografista os miomas são pequenos e não devo me preocupar.

Desde esta altura que fui fazer uma consulta de rotina porque desejo engravidar e ainda não consegui. Em 2005 já estive gravida só que perdi quando tinha 4 meses acho que porque tinha uma vida muito agitada. Na altura fiz vários exames e estava tudo bem, fiz várias ecografias e não havia miomas e agora apareceram.

Então gostaria de saber como e porque eles aparecem (pode ser devido ao Dufine?) e o que devo fazer?

Muito obrigada!

Ginecologia e obstetricia

Doutora, gostaria de saber se todas as verrugas que aparecem nos genitais levam significam HPV ou vírus do papiloma humano.

Muito obrigada.

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