Gravidez e medicação para a depresão e ansiedade são totalmente incompatíveis? | Page 63 | De Mãe para Mãe

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Gravidez e medicação para a depresão e ansiedade são totalmente incompatíveis?

Seg, 19/07/2010 - 13:05
Ginecologia e obstetricia
MariaLu2010 offline

Boa tarde, o meu nome é Maria e sofro de crises de ansiedade/pânico há cerca de 10 anos. Ao longo deste tempo sempre tive acompanhamento psiquiátrico (tomava alprazolam e efexor e sempre que estava medicada, conseguia estabilizar os ataques de pânico).

Paralelamente, comecei a fazer psicoterapia que, apesar de ajudar, até agora não foi o suficiente para uma remissão total do problema, que parece voltar sempre que interrompo a medicação.

Neste momento estou a pensar engravidar e tenho muito medo de não conseguir evitar tomar medicação (continuo a tomar meio alprazolam 0.5 à noite).

A minha pergunta, já que existem inúmeras opiniões divergentes que me deixam confusa, é a seguinte: a gravidez e este tipo de medicação (anti-depressivo e/ou ansiolítio) são totalmente incompatíveis?

Assim, sendo, alguém que sofra deste distúrbio do pânico não poderá equacionar a hipótese de ser mãe?

Agradeço desde já a sua resposta.

Melhores cumprimentos,
Maria

Marcela Forjaz

Boa noite!
Seria muito injusto que mulheres com patologia do fôro psiquiátrico se vissem por isso privadas de construir o seu núcleo familiar e deixassem de cumprir algo que as deixaria mais realizadas.
Depressão e ansiedade são quase a epidemia do século, não devem ser ignoradas ou desvalorizadas e precisam de tratamento. E o tratamento pode curar. A grávida ideal é a mulher saudável que não toma qualquer medicação. No entanto, nos nossos dias isso é quase impossível e no caso da depressão e ansiedade muitas vezes não é viável esperar pelo fim da terapêutica para prosseguir a vida, nomeadamente um projecto de ter filhos.
Assim, há alguns medicamentos usados nestes casos que podem cursar com uma gravidez normal, com um normal desenvolvimento do feto. O que há a fazer é manter acompanhamento psiquiátrico, haver comunicação entre o GO e o psiquatra, para em primeiro lugar adaptar a medicação à nova situação, acompanhar a forma como a grávida vive a sua gravidez e como isso influencia a patologia existente, e apoiá-la no pós-parto porque geralmente é mais susceptível de fazer a chamada depressão pós-parto.
Há patologias psiquiátricas mais graves e necessitando de terapêutica com mais riscos para o feto e para a qual não há alternativas mais inócuas; nesses casos tem-se sempre que pesar de um lado os benefícios e do outro os riscos e acredite que as decisões são sempre bem ponderadas. Mas o que será melhor para o bebé, nestes casos? Ao nascer encontrar uma mãe equilibrada e preparada para o receber, ou uma mãe em fase de descontrolo e incapaz de cuidar do filho? Nestes casos mais "pesados" há riscos mas são sempre medidos, calculados, e sobretudo mantem-se uma vigilância mais apertada.
Bom, tudo isto para lhe explicar que a medicação para a depressão e ansiedade pode quase equivaler à de uma constipação, quando comparada com a terapêutica para uma patologia psiquiátrica mais grave que seria equivalente...a uma gripe complicada de pneumonia! São coisas que acontecem, certo?...E a sua GO lá estará para a acompanhar e decidir o que será melhor!
Espero que corra tudo bem consigo!

Mais perguntas

carlf offline

Bom dia Dra, tive conhecimento de aborto retido no dia 19 de Agosto na eco das 12 semanas e fiz curetagem a 30 de Agosto. No hospital não me deram informações nenhumas para cuidados seguintes.

Quero voltar a engravidar para concretizar o sonho e a médica falou-me em esperar 2 meses e meio. Quanto tempo depois da curetagem poderei voltar a ter relações sexuais com o meu marido?

Tenho 42 anos.

Obrigada.

Ginecologia e obstetricia
Tânia P. offline

Boa tarde, peço desde já desculpa se a questão é idiota mas quando se tem duvidas há que ter coragem de perguntar Piscar o olho Sei que existem mulheres cujo muco cervical não ajuda à concepção de um bebé pois interfere com a qualidade do esperma.
A minha duvida é esta: uma mulher pode usar um lubrificante à base de água quando está a tentar engravidar ou vai prejudicar a concepção, " atrasando ou mesmo eliminando" os espermatozóides?
Já ouvi uma ginecologista afirmar que a saliva é o melhor lubrificante natural que um casal pode obter mas...e quando está a tentar engravidar? Há contra-indicações? Interfere ou não com o esperma? Obrigada!

Tatyana offline

Olá Doutora!

Fui mãe há 10 meses e desde sempre amamentei a minha filha. Após os 21 dias do parto comecei a tomar Cerazette e durante muito tempo não menstruei, mas agora menstruo demais! Já para não falar no desconforto que sinto,pois nunca tinha tido este tipo de dores.

Outra coisa que me preocupa é o meu peso. Antes da gravidez sempre pesei 44/45 kg's e agora não consigo passar dos 41/42 kg's, apesar de fazer uma boa alimentação. Devo ficar preocupada?

Obrigada!

Ginecologia e obstetricia
Mimi_bianca offline

Olá Doutora, estou grávida de 33 semanas e fui fazer uma visita guiada à maternidade do hospital de Aveiro. Quando estavam a falar de anestesias eu disse que tinha uma tatuagem nas costas e imediatamente me disseram que não podia levar epidural. É verdade? Será que não posso ver a minha filha nascer por causa da tatuagem?

E já agora, toda a minha família do lado materno nunca tiveram filhos por parto normal devido a não terem dilatação, será que eu vou ser igual, pode ser um problema hereditário?

Muito obrigada pela resposta!

Ginecologia e obstetricia
ALara Sousa offline

Olá estou grávida com 33 semanas e já tenho que usar discos pois já estou a deitar colostro! Será normal?Muito obrigada.

Sáb, 21/08/2010 - 17:30
Ginecologia e obstetricia
Erika16 offline

Olá gostaria de tirar uma dúvida que está martelando em minha cabeça: o meu primeiro filho tive-o por parto induzido, e agora estou grávida novamente.

Será que meu próximo parto vai ter que ser induzido também ? Porém não sei ao acerto o que significa parto induzido. Pode por favor explicar-me o que isso significa?
Muito obrigada e uma boa tarde.

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