Gravidez e medicação para a depresão e ansiedade são totalmente incompatíveis? | Page 59 | De Mãe para Mãe

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Gravidez e medicação para a depresão e ansiedade são totalmente incompatíveis?

Seg, 19/07/2010 - 13:05
Ginecologia e obstetricia
MariaLu2010 offline

Boa tarde, o meu nome é Maria e sofro de crises de ansiedade/pânico há cerca de 10 anos. Ao longo deste tempo sempre tive acompanhamento psiquiátrico (tomava alprazolam e efexor e sempre que estava medicada, conseguia estabilizar os ataques de pânico).

Paralelamente, comecei a fazer psicoterapia que, apesar de ajudar, até agora não foi o suficiente para uma remissão total do problema, que parece voltar sempre que interrompo a medicação.

Neste momento estou a pensar engravidar e tenho muito medo de não conseguir evitar tomar medicação (continuo a tomar meio alprazolam 0.5 à noite).

A minha pergunta, já que existem inúmeras opiniões divergentes que me deixam confusa, é a seguinte: a gravidez e este tipo de medicação (anti-depressivo e/ou ansiolítio) são totalmente incompatíveis?

Assim, sendo, alguém que sofra deste distúrbio do pânico não poderá equacionar a hipótese de ser mãe?

Agradeço desde já a sua resposta.

Melhores cumprimentos,
Maria

Marcela Forjaz

Boa noite!
Seria muito injusto que mulheres com patologia do fôro psiquiátrico se vissem por isso privadas de construir o seu núcleo familiar e deixassem de cumprir algo que as deixaria mais realizadas.
Depressão e ansiedade são quase a epidemia do século, não devem ser ignoradas ou desvalorizadas e precisam de tratamento. E o tratamento pode curar. A grávida ideal é a mulher saudável que não toma qualquer medicação. No entanto, nos nossos dias isso é quase impossível e no caso da depressão e ansiedade muitas vezes não é viável esperar pelo fim da terapêutica para prosseguir a vida, nomeadamente um projecto de ter filhos.
Assim, há alguns medicamentos usados nestes casos que podem cursar com uma gravidez normal, com um normal desenvolvimento do feto. O que há a fazer é manter acompanhamento psiquiátrico, haver comunicação entre o GO e o psiquatra, para em primeiro lugar adaptar a medicação à nova situação, acompanhar a forma como a grávida vive a sua gravidez e como isso influencia a patologia existente, e apoiá-la no pós-parto porque geralmente é mais susceptível de fazer a chamada depressão pós-parto.
Há patologias psiquiátricas mais graves e necessitando de terapêutica com mais riscos para o feto e para a qual não há alternativas mais inócuas; nesses casos tem-se sempre que pesar de um lado os benefícios e do outro os riscos e acredite que as decisões são sempre bem ponderadas. Mas o que será melhor para o bebé, nestes casos? Ao nascer encontrar uma mãe equilibrada e preparada para o receber, ou uma mãe em fase de descontrolo e incapaz de cuidar do filho? Nestes casos mais "pesados" há riscos mas são sempre medidos, calculados, e sobretudo mantem-se uma vigilância mais apertada.
Bom, tudo isto para lhe explicar que a medicação para a depressão e ansiedade pode quase equivaler à de uma constipação, quando comparada com a terapêutica para uma patologia psiquiátrica mais grave que seria equivalente...a uma gripe complicada de pneumonia! São coisas que acontecem, certo?...E a sua GO lá estará para a acompanhar e decidir o que será melhor!
Espero que corra tudo bem consigo!

Mais perguntas

Ginecologia e obstetricia
anacch offline

Estando grávida de 12 semanas e mantenho os sintomas, náuseas, enjoo, mamas sensíveis. É possível? Muito obrigada!

Qua, 03/11/2010 - 07:48
Ginecologia e obstetricia
Baby G offline

Bom dia. Estou a residir na Angola, eu e o meu parceiro queremos ter um filho. Aqui não existem bons hospitais e quanto a ir a um ginecologista...está fora de questão, é muito complicado neste país.
Por esta razão e como não tenho outro meio resolvi registar-me a fim de conseguir tirar as dúvidas que vão surgindo e porque não tenho mais ninguém a quem pedir informação.
O meu período é irregular. Parei de tomar a pílula há 2 meses e o período não veio mais. A minha mãe falou com a ginecologista em Portugal e esta receitou-me Duphaston para ajudar o organismo a produzir. Tomo este ao 12º dia a contar do primeiro dia em que a menstruação vem. Tendo em conta isto, os dias férteis da ovulação serão os mesmos? Ou é diferente? Não é no 14ºdia após o aparecimento do período? Vai ser mais difícil engravidar por estar a tomar este medicamento ou não há qualquer problema?

Fico muito agradecida por poder tirar estas duvidas desta forma.

Sem mais de momento,

Nuria Marques

Ginecologia e obstetricia

Dr.a, fiz um exame endovaginal, e detectou que tenho o útero ao invertido,será que consigo engravidar? Obrigada.

Ginecologia e obstetricia
lukitina offline

Bom dia,
Desde novinha que me lembro de sofrer de herpes labial,sempre que as minhas defesas estavam em baixo, lá atacavam eles.

O meu problema é que neste momento estou grávida de 12 semanas e infelizmente apareceu-me herpes genital, sem saber a causa, pois faço uma alimentação saudável, tenho uma boa higiene, só uso cuequinha de algodão.

Estou muito preocupada com o meu bebé e com a altura do parto caso este vírus esteja activo.

Obrigada pela resposta.

Ginecologia e obstetricia
Sisinha offline

Para além do tempo que o corpo demora a voltar ao normal após o parto normal; quanto tempo devemos esperar para ter relações sexuais? Muito obrigada!

Ginecologia e obstetricia
Sisinha offline

Olá boa noite , tenho tido imensas dores na coluna, vi num livro que se deve massajar com óleo de linhaça , o que sugere? Estou grávida de 14 semanas. Obrigada Doutora.

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