Boa noite,
Sou a Maria e descobri que estava gravida quando já estava com 12 semanas de gestação. Foi um tremendo choque. Nada fazia prever que tal acontecesse. Sempre fui extremamente irregular, passava meses e meses sem me vir o período. Tomava pilula. Em agosto fui ao ginecologista efetuar consulta de rotina e a noticia caiu que nem uma bomba em cima. Fiquei completamente sem chão. Cheguei a casa e contei a famila, marido ficou a olhar para mim sem resposta. A filha do alto dos seus 12 anos, ficou a chorar pois iria deixar de ser filha única.
Fomos conversando ao longo dos dias seguintes, mas na minha cabeça so via este bebe como um problema. Tenho 40 anos, sentia-me velha para voltar a ser mãe, depois so me vinha a cabeça o que passei no parto da minha filha a 12 anos atras. Foi um parto terrivelmente marcante. Comecei a não conseguir comer a não conseguir dormir. Passei noites em que percorria a minha casa de ponta a ponta vezes sem conta, não conseguia estar deitada, mal o fazia ficava com imenso calor, dificuldade em respirar. Pensei que morria. O meu único pensamento era que tinha que tirar este bebe. No meio dessas caminhadas noturnas pela casa, passava algum tempo em frente do pc a tentar encontrar algum local onde pudesse efetuar aborto. Ate que há cerca de um mês fui ao um psiquiatra que me ouviu durante alguns minutos, me receitou uns comprimidos para dormir. Tomei esses comprimidos durante 1 semana e quando me sinto muito ansiosa tomo meio antes de me deitar. Melhorei, mas a cada passo sinto que não sou capaz de voltar a passar por tudo novamente, começo a pensar na fase mas difícil que se vai aproximando (falta +/- 4 meses para ele nascer) e sinto que não sou capaz, sinto-me já cansada de estar gravida. Cada vez que penso no parto ou oiço alguém falar do assunto, fico em pânico, o coração acelera a respiração fica difícil. Sinto-me incapaz. Passei a ter um medo absurdo de ficar doente, nunca tal coisa me tinha acontecido. Não me reconheço nestes medos e pensamentos. Pensei e ir a um psicólogo, mas financeiramente torna-se muito difícil. Por isso peço a v/ ajuda. Ajudem-me a perceber o que se passa comigo e como ultrapassar isto. Desculpem tamanho do texto.. Agraço a atenção dispensada ao meu "testamento.

Bom dia Maria,
Acredito que não esteja a ser fácil gerir todos esses medos. Uma gravidez quando não é planeada é sempre causadora de angústia, principalmente numa fase da vida em que tal já não se espera, levantando imensas questões e todas elas válidas. Além disso, acresce o facto de ter um parto traumático na sua história. Essa no entanto é uma questão mais fácil de controlar, mais do que fase difícil de ter que voltar a cuidar de um recém-nascido, de ter mais um filho que é sua responsabilidade. Agora, independente de todas as dificuldades, irá ter sempre presente que esse bebé é seu filho e, mesmo pensando de maneira diferente agora, você vai amá-lo e cuidar dele com todo o carinho. Em relação ao parto, sendo causador de pânico, pode sempre expor esses medos ao obstetra e decidirem, por exemplo, por uma cesariana programada, eliminado assim este factor de stresse.
Olhando um bocadinho para os outros factores…ter um bebé numa fase mais tardia da vida (não pelo facto de ter 40 anos que hoje em dia é uma idade perfeitamente comum para se ter filhos), pode causar alguma desorganização familiar, mas pelo penos pense que provavelmente tem uma vida mais estruturada e com maior apoio: além do marido tem também uma filha que com 12 anos já tem capacidade para aceitar que vai deixar de ser filha única e ajudar nos cuidados a prestar ao irmão ou irmã. E tente levar a gravidez com calma, vivendo um dia de cada vez, tentando não valorizar demasiado os desconfortos e incómodos da gestação. Em menos nada o bebé vai estar cá fora e aí começa uma nova etapa.
E tem que pensar que é capaz Maria, porque é! Apoie-se nas pessoas que tem ao seu lado, abrace a sua experiencia de vida para encarar um novo projecto de maternidade e procure ajuda de um psicólogo para que a ajude a estruturar-se melhor. Vá ao médico de família ou hospital da área de residência e peça ajuda nesse sentido, ajuda para encarar cada um desses medos e seguir em frente.
Da nossa parte, estaremos cá sempre que precisar.
Felicidades!!
Mais perguntas
Olá, sou marido, tenho 46 anos de idade, 2 filhas (uma de 20 e outra de 12 anos) com a mesma mulher com a qual sou casado a 21 anos. Não queria mais filhos, não estava em meus planos ter mais filhos e a minha mulher, sabendo da minha decisão, agora me comunicou que está grávida de 6 semanas. Não estou conseguindo assimilar isso. Estou triste, revoltado, desanimado e com muita raiva dessa situação. Ela me enganou e ficou grávida mesmo sabendo de todas as minhas restrições em ter filhos. Não estou preparado, nem psicológica e nem financeiramente para ter mais filhos a esta altura da minha vida. Queria uma velhice tranquila, passear, viver um pouco a minha vida, pois sacrifiquei muito a minha juventude para estudar, me formar, ajudar minha esposa financeiramente nos seus negócios, criar minhas 2 filhas dando-lhes muito amor, carinho, amizade e educação. Queria agora viver um pouco a vida: estudar, viajar e realizar um poucos os meus sonhos. Sei, por experiência, que agora TUDO vai mudar, terei que trabalhar ainda mais para dar a esta criança o que ela precisa. Fico pensando que quando eu tiver 62 anos, ela será um adolescente de 15 anos e totalmente dependente de mim para educá-la. Não estou conseguindo dormir direito, trabalhar direito, viver direito. Não consigo nem olhar direito para a cara da minha esposa. Sinto-me traído, irresponsável, revoltado e um misto de sentimentos. Não queria começar de novo toda a trajectória dura e de sacrifício de criar bem um filho, não queria isso, não me sinto preparado para tal empreitada. Não sei o que faço. Por favor me ajudem!
Boa tarde,
Descobri que estou grávida há cerca de uma semana e sinto-me desesperada. Estou numa relação de quase 11 anos e fui adiando a gravidez, embora sabendo que era o desejo dele. Engravidei por erro meu e só meu, e agora não sei o que fazer. Tenho 36 anos e todos dizem que se quero ser mãe é a idade ideal mas eu não me sinto preparada. Só choro, não durmo, não como. Quero sair deste pesadelo. Tenho consulta de IVG agendada, preciso de falar com alguém. Sinto-me sozinha. Não posso falar com o meu companheiro, ele acha que eu estou feliz, embora não sorria. Se for adiante com o aborto, vou mentir-lhe e dizer-lhe que foi espontâneo, mas ele vai saber. Os meus olhos não enganam.
Tenho muito medo de avançar com esta gravidez, de me odiar de tão gorda que vou ficar, do corpo com estrias, não estou disposta a fazer sacrifícios para ser mãe. Sou muito egoísta. Só quero ter paz.
Por favor ajudem-me.
Sou mãe e estou grávida de entre 8 a 9 semanas e recentemente eu e o meu namorado terminámos. Foi uma decisão tomada com base no apoio que este não me conseguiu ou soube dar. Compreendo perfeitamente que ele se tenha sentido assustado, nervoso, baralhado, etc. e tudo no seu direito, sendo que este seria o seu primeiro filho, mas uma hora ele disse "OK, isto vai correr bem" e na outra "Não é possível, pois não temos condições", e é verdade. Ambos ainda vivemos em casa dos nossos pais e seria sim uma situação complicada até porque vivo com o meu filho de 3 anos em casa dos meus pais e mais um seria complicado, porém não é impossível, percebe? Já passei por coisas na minha vida que fizeram de mim a pessoa que sou hoje e isso fez-me aprender a simplificar tudo na vida, fez-me perceber que não existe "o momento certo, indicado, propício", que temos que saber "trabalhar com as cartas" que a vida nos dá. Mas ele não pensava dessa forma. tudo tinha que ser "Perfeito". Conclusão...Tendo opiniões diferentes, falei em talvez fazer um aborto, mas com a intenção de que ele mudasse de ideias e tomasse uma atitude de "Sim estou apavorado, mas vamos ser fortes e tudo irá correr bem", mas não aconteceu. Levei uma semana ou mais a interiorizar que iria mesmo abortar. Pergunto-me: "Como é que se decide entre a vida e morte de um ser?", "Como é sequer possível por-se isso em questão?". Nesse espaço de tempo, ele simplesmente não teve atitude nenhuma, confirmando ainda mais que seria a "melhor opção". Se fiquei destroçada, assustada, estúpida com essa atitude? Penso que fiquei tudo e mais alguma coisa. Tratei de tudo (a nível das preparações na clínica) e já está marcado o dia da intervenção. Para piorar, ele terminou a relação e, cada dia que passa mais me afeiçoo a esta criança. Agora diga-me: Como será se não conseguir ir em frente com este aborto? Ficaremos forçados a conviver juntos por causa desta criança?
Olá doutores!
Preciso de ajuda e de conselhos.
Tenho 22 anos, no passado dia 6 de Janeiro descobri que estava grávida pela primeira vez. Contei ao meu namorado e tudo bem. Ele disse que ia estar comigo para o que fosse preciso e ficou com lágrimas de felicidade, mas como eu estou a passar uns dias em casa dele, decidimos contar aos pais dele e o problema vem daí. Como sempre, a mãe dele começou com coisas a dizer que éramos muito novos, o que ia ser da nossa vida, que isto estava difícil que não havia dinheiro para bebés e sempre a falar mal e a mandar indirectas (como se fosse tudo de propósito e eu não tivesse maturidade para cuidar de um filho; ou como se fosse ela a dar-me dinheiro para o sustentar. Graças a Deus, tenho os meus pais e a minha casa), e depois vem a conversa do aborto!! Hoje o meu namorado já veio dizer que se calhar a mãe dele tinha razão porque ele não trabalha e eu ainda estou a estudar. Depois ouvi uma conversa da mãe dele a dizer que me queria levar ao medico para ver de quanto tempo estou e para pedir daqueles comprimido abortivos (mas como se eu não decidisse nada... não percebem o que uma grávida sente; que o corpo é meu e que eu é que o tenho dentro de mim). E o problema é que sei que os meus pais não vão reagir muito bem quando souberem que estou grávida porque supostamente querem "o melhor para mim".
Do nada, tudo virou uma confusão na minha cabeça, já não sei o que penso, o que quero...farto-me de chorar sozinha. Sinto-me sozinha e que não posso falar nem contar com ninguém. Não sei o que fazer!
O meu sogro desde que me conhece que me aborda e tem certos comportamentos de caráter sexual, mesmo sabendo que estou a 100% com o filho há mais de 3 anos e estando à espera de uma filha do meu namorado. Pensei que fosse temporário pois nunca dei nenhum motivo que alimentasse esta situação e quando engravidei achei que ele tomaria consciência do seu lugar e caísse na realidade. Até hoje o comportamento menos próprio continua, eu não queria desmanchar a imagem que o meu namorado tem do pai, mas a realidade é que, estando grávida de uma menina, tenho muito receio de não alertar o meu namorado e um dia acontecer o mesmo com ela.
Se puderem ajudem-me porque estou completamente perdida. Obrigada.
Boa noite,
Queria desabafar e não sei com quem.
Namoro com o meu namorado há um ano, mas já tínhamos namorado antes.
Ele dizia que queria um bebé e fomos tentando. Eu disse-lhe que poderia ser rápido a engravidar pois já tenho uma outra filha de outro relacionamento. Em Junho descobri que estava grávida e a reacção dele foi: "Nunca pensei que colasse assim tão rápido. Se soubesse, não tínhamos treinado já". Fiquei triste e ele passa os dias a ignorar-me. Vai às ecos e tudo, mas não liga nenhum a isso nem quer saber de mim trata-me com desprezo. Não me dá uma carícia na barriga e não fica feliz com nada da gravidez. Acham normal?