Ansiedade | Page 3 | De Mãe para Mãe

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Ansiedade

Qui, 12/11/2015 - 22:57
Psicologia
ACMGM offline

Boa noite,
Sou a Maria e descobri que estava gravida quando já estava com 12 semanas de gestação. Foi um tremendo choque. Nada fazia prever que tal acontecesse. Sempre fui extremamente irregular, passava meses e meses sem me vir o período. Tomava pilula. Em agosto fui ao ginecologista efetuar consulta de rotina e a noticia caiu que nem uma bomba em cima. Fiquei completamente sem chão. Cheguei a casa e contei a famila, marido ficou a olhar para mim sem resposta. A filha do alto dos seus 12 anos, ficou a chorar pois iria deixar de ser filha única.
Fomos conversando ao longo dos dias seguintes, mas na minha cabeça so via este bebe como um problema. Tenho 40 anos, sentia-me velha para voltar a ser mãe, depois so me vinha a cabeça o que passei no parto da minha filha a 12 anos atras. Foi um parto terrivelmente marcante. Comecei a não conseguir comer a não conseguir dormir. Passei noites em que percorria a minha casa de ponta a ponta vezes sem conta, não conseguia estar deitada, mal o fazia ficava com imenso calor, dificuldade em respirar. Pensei que morria. O meu único pensamento era que tinha que tirar este bebe. No meio dessas caminhadas noturnas pela casa, passava algum tempo em frente do pc a tentar encontrar algum local onde pudesse efetuar aborto. Ate que há cerca de um mês fui ao um psiquiatra que me ouviu durante alguns minutos, me receitou uns comprimidos para dormir. Tomei esses comprimidos durante 1 semana e quando me sinto muito ansiosa tomo meio antes de me deitar. Melhorei, mas a cada passo sinto que não sou capaz de voltar a passar por tudo novamente, começo a pensar na fase mas difícil que se vai aproximando (falta +/- 4 meses para ele nascer) e sinto que não sou capaz, sinto-me já cansada de estar gravida. Cada vez que penso no parto ou oiço alguém falar do assunto, fico em pânico, o coração acelera a respiração fica difícil. Sinto-me incapaz. Passei a ter um medo absurdo de ficar doente, nunca tal coisa me tinha acontecido. Não me reconheço nestes medos e pensamentos. Pensei e ir a um psicólogo, mas financeiramente torna-se muito difícil. Por isso peço a v/ ajuda. Ajudem-me a perceber o que se passa comigo e como ultrapassar isto. Desculpem tamanho do texto.. Agraço a atenção dispensada ao meu "testamento.

Joana Prudêncio

Bom dia Maria,

Acredito que não esteja a ser fácil gerir todos esses medos. Uma gravidez quando não é planeada é sempre causadora de angústia, principalmente numa fase da vida em que tal já não se espera, levantando imensas questões e todas elas válidas. Além disso, acresce o facto de ter um parto traumático na sua história. Essa no entanto é uma questão mais fácil de controlar, mais do que fase difícil de ter que voltar a cuidar de um recém-nascido, de ter mais um filho que é sua responsabilidade. Agora, independente de todas as dificuldades, irá ter sempre presente que esse bebé é seu filho e, mesmo pensando de maneira diferente agora, você vai amá-lo e cuidar dele com todo o carinho. Em relação ao parto, sendo causador de pânico, pode sempre expor esses medos ao obstetra e decidirem, por exemplo, por uma cesariana programada, eliminado assim este factor de stresse.
Olhando um bocadinho para os outros factores…ter um bebé numa fase mais tardia da vida (não pelo facto de ter 40 anos que hoje em dia é uma idade perfeitamente comum para se ter filhos), pode causar alguma desorganização familiar, mas pelo penos pense que provavelmente tem uma vida mais estruturada e com maior apoio: além do marido tem também uma filha que com 12 anos já tem capacidade para aceitar que vai deixar de ser filha única e ajudar nos cuidados a prestar ao irmão ou irmã. E tente levar a gravidez com calma, vivendo um dia de cada vez, tentando não valorizar demasiado os desconfortos e incómodos da gestação. Em menos nada o bebé vai estar cá fora e aí começa uma nova etapa.
E tem que pensar que é capaz Maria, porque é! Apoie-se nas pessoas que tem ao seu lado, abrace a sua experiencia de vida para encarar um novo projecto de maternidade e procure ajuda de um psicólogo para que a ajude a estruturar-se melhor. Vá ao médico de família ou hospital da área de residência e peça ajuda nesse sentido, ajuda para encarar cada um desses medos e seguir em frente.
Da nossa parte, estaremos cá sempre que precisar.
Felicidades!!

Mais perguntas

Sáb, 16/04/2016 - 13:52
Psicologia
TelmaSantosNuno offline

Olá !
Hoje venho com um assunto um pouco diferente, mas a necessitar de alguma ajuda e conselhos...

Já tenho um filho, lindo com 4 anos e estou naquela fase ter outro ou não! O meu maior problema é que trabalho no hospital e faço turnos. A minha mãe ajuda me com o filhote mas diz k outro não ajuda. Como trabalho por turnos eu e o meu marido e não tenho sogros só tenho mesmo a ajuda dela. Muitas vezes tem k ficar 2 dias com o meu filho pois trabalhamos muitas horas seguidas.
Já pensei em contratar alguém para depois ficar com eles, mas a minha mãe quer continuar a ficar com o neto. Eu não queria separar os meus filhos, nem acho bem um ficar com a avó e outro com a empregada. A minha mãe diz me que se serviu até agora para cuidar o bebe, vai continuar a servir, e que não lhe posso tirar o menino. Ela ainda é nova, o meu pai falaceu a uns anos e ela quer retomar a vida dela e eu entendo, mas sinto que não estou a conseguir tomar uma decisão por causa dela...

Às vezes acho que o melhor é esquecer a ideia.
Ajudem por favor
Obrigada e beijinhos

Sex, 29/04/2016 - 11:17
Psicologia
offline

Bom dia

Eu e o meu marido não nos entendemos na educação dos miúdos. Especialmente no que toca a tecnologias.
Costumo dizer que as crianças estão sempre alertas. Aprendem rapidamente os comportamentos dos pais e imitam-nos.
Sou muito rígida no que toda a Regras (palavra proibida em minha casa pelo meu marido). Mas tenho sempre uma organização de tudo o que tenho de fazer e apesar de tudo estar escrito e afixado (ementas semanais, data dos testes, etc.) eu defino prioridades mentalmente, entre jantares, banhos e tpc´s. Rotinas atípicas porque todos os dias há coisas diferentes e prioridades diferentes. Mas é inútil ainda assim pois sou a única que me esforço para que o final do dia seja calmo, quer para nós quer para eles. Mas está a ser absolutamente impossível. Sozinha tentei criar uma formula de controlo para que tudo funcionasse melhor, já que sou eu que defino as prioridades e sou eu que as tenho de ajustar diariamente. Retirei todas as tv dos quartos e cozinha, escondi os tablet e comandos das consolas assim como as próprias consolas. Isto porque eu também cedo quando traquejo. Mas as coisas pioraram pois é o próprio pai que passou a usar o tlm ou o tablet na frente das crianças e a hora da refeição, e quando estamos todos juntos na sala, ele é o único que não convive pois está de phones ligados a um dos seus equipamentos. Já tentei falar mas acabamos sempre a discutir. Falei lhe em terapia familiar e gerei uma discussão que nunca tinha presenciado. Peço lhe que leia artigos sobre crianças e como educa-las, como nos devemos comportar enquanto pais, mas ele acha que eu que eu é que estou a criar um problema. Enquanto isso o nosso filho tem muitas negativas e problemas de comportamento. Ele da-lhe tareia pois diz que ele com palavras já não vai lá. O menino detesta a escola e esta prestes a chumbar pela 2 vez. Já foi seguido por psiquiatras e psicólogos. Tomou medicação. Mas acabamos por cessar a medicação já que a psicóloga diagnosticou uma irregularidade afectiva. Já não consigo falar com o menino, pois ele prefere o pai apesar de saber que depois leva tareia, consegue falar com ele e o pai deixa o usar os equipamentos dele ou deixa o estar na sala a ver o que quer enquanto o pai usa os phones. Optei por desistir e ... viro as costas. Não janto e deito me!

Como devo proceder? Perdi as esperanças!

Psicologia
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Boa tarde,

Precisava de alguma orientação nesta fase da minha vida.
Apenas uma pequena introdução para as questões em que preciso de ajuda.
Tive uma relação de 6 anos, desde que o meu filho nasceu, aconteceram traições por parte do meu ex, que após várias tentativas de reconciliação, para mim não estava a ser nada fácil confiar novamente, pois também achava que ele se arrependia por pouco tempo porque voltava a ter as mesmas atitudes que indiciavam que me estava a trair novamente. A última conseguiu mesmo acabar com a nossa relação. Ela era casada, era minha conhecida e eles começaram uma relação mesmo antes de estarem separados. Ele saiu de casa em Outubro 2015, em Janeiro já estavam a viver juntos, e quando era fim de semana de ficar com o nosso filho ele ia para casa dos pais com o menino. Desde Março que ele anda a tentar que ele durma em casa deles. Para mim, não está a ser nada fácil. Primeiro foi a humilhação de eles se terem envolvido, e ter que lidar com isso. Depois é a questão de ver o meu filho a dormir no meio deles quando vai para casa deles. Sempre que tento manter a cordialidade, estas coisas passam-me pela cabeça e fico com raiva. e custa-me. Vou ser sincera. O meu filho cada vez mais começa a fazer perguntas. inclusive a semana passada, em conversa disse-me que ela era mãe dele. Tudo isto tem sido desgastante. e não consigo sequer falar com ele sobre estas questões.
O que posso fazer para me manter saudável mentalmente? Como acham que deveria ser as minhas abordagens com o pai do meu filho? Como conseguir ver o meu filho ao lado de 2 pessoas que me enganara?
Muito obrigado

Seg, 28/03/2016 - 14:46
Psicologia
offline

Bom dia,
depois que descobri que estou grávida pela segunda vez, comecei a pensar em certas coisas, e isso está a deixar-me atormentada, como por exemplo, desistir de tudo e sumir com meus filhos, pedir as contas no serviço, em me matar. Não tenho ajuda do pai, são pais diferentes, ele parece não aceitar tudo isso.
Eu não sei o que fazer, se isso pode ser depressão ou outra coisa, procurei meios de ver o que era, terapia entre outras coisas, mas parece que nada funciona.
Eu realmente preciso de ajuda e não sei o que fazer.

Psicologia
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Boa tarde.
Tenho 26 anos e estou na minha primeira gravidez.
Não sei bem como expor a situação pois é uma série de coisas e sinto-me doida.
Sempre fui uma pessoa muito ansiosa e sofro de ataques de pânico. Já fiz medicação algumas vezes, já fiz psicoterapia e já fiz sessões num grupo de pânico. A juntar a isto o meu estado de espírito sempre foi um pouco depressivo e no ano passado fiz cerca de 5 meses a fluoxetina 20mg.
Estou casada há 7 meses, e desde que casei que muitas coisas mudaram na relação. Surgiram as rotinas, deixou de haver "loucura", o meu apetite sexual começou a baixar etc. Entretanto em Dezembro engravidei e estou de 12 semanas. Apesar de ter sido planeado, pois deixei de tomar a pílula por vontade própria (parei a pílula e também a fluoxetina, sem desmame), assim que deixei engravidei logo e acabou por ser um choque. Fiquei feliz quando soube e o pai também mas o que é certo é que não tenho sabido lidar bem com a gravidez. Tenho muitos enjoos, azia, pernas cansadas, dores na coluna e tudo isto (que eu sei que é normal) não me deixa estar bem com nada, já para não falar de todas as alterações hormonais (choro constante, borbulhas na cara) e das insónias e pesadelos que tenho todas as noites. E isto também deve estar associado ao meu estado depressivo que já tinha.. não sei.
A tudo isto juntou-se a minha relutância de ser tocada, os abraços, beijos e intimidade com o meu marido tem estado fora de questão. Toda esta salgalhada de sentimentos negativos psicológicos e físicos esta a prejudicar o meu casamento. Ele está desmotivado e eu não consigo sorrir com nada. Coloco tudo em questão. Penso que isto é uma dádiva pois tanta gente quer engravidar e não consegue mas eu por vezes dou por mim a pensar que foi um erro. Não quero que ninguém me diga nada, não quero que toquem na minha barriga, não tenho vontade de estar com as pessoas, nem sequer telefonar. Só quero estar isolada de tudo e todos e que ninguém me incomode. Estou a prejudicar tudo à minha volta: trabalho, casamento, família e amigos.
Sinto-me doente mentalmente e não sei o que fazer.
Obrigada por ler este desabafo.

Sex, 22/01/2016 - 18:25
Psicologia
vera9075 offline

Boa tarde!

Tenho 31 anos, quase 32. Chego aquela idade que tenho que pensar ou tenho um filho já ou nunca mais tenho (para não ter gravidez de risco).
Acontece que, pelo que tenho lido (livros, fóruns, etc), existe algumas coisas que me assustam uma das quais o facto de se engordar na gravidez (engordar muito, aumento apetite, etc)
Eu com 7 anos era uma criança gordinha, mas sofri de bullying e passado um ano estava muito esquelética, sofri de anorexia nervosa na adolescência e, hoje em dia, a minha relação com a comida não é satisfatória.
O que faço para me ajudar a mim própria?

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