Sinto-me sem chão. Tenho 33 anos e estou grávida de 22semanas, mas parece que não estou preparada para ser mãe, nunca pensei que isto fosse tão complexo. Ando totalmente desanimada. Sinto me imatura , com pouca garra, sem saber nada e nem para cuidar de uma criança.
Da me a sensação que todos a minha volta pensam isso de mim.
Estou assustada e com medo de não saber ser mãe e de perder meu brilho.
Desculpem o desabafo
Olá Joana. É normal que se sinta assim, quer durante a gravidez quer após. O pós parto é muito duro, pois junta hormonas, as necessidades de um recem nascido totalmente indefeso e que necessita quer da mãe quer do pai, a provação de sono, a anulação da mãe enquanto figura individual para se formar em apenas mae de alguém. O meu pós parto “bateu-me” quando o meu filho já tinha um ano e qualquer coisa. Por isso aconselho-a a procurar ajuda, seja com um terapeuta ou com um psicólogo. Ajudará imenso a alinhar o seu pensamento, as suas expectativas e a gerir com a máxima energia e positivismo . Já agora , posso garantir-lhe que ser mãe não a anulará: pode sentir-se perdida e a navegar à vista durante uns tempos, mas regressará ao seu “eu” com um novo super poder e imparável, isso lhe garanto! Mais decidida, mais segura e com menos medos do que tinha! Força!
Joana, todas nós passamos por isso, a questão é o impacto que isso tem ou terá em si...é aí que terá de trabalhar.
" sem saber nada e nem para cuidar de uma criança": é o que acontece a quem vai ter o 1o filho. Só quem tem irmãos muito mais novos ou trabalho no berçário, porque os outros não sabem até o bebé nascer. Eu não sabia nada, nem pretendia saber grande coisa, por exemplo, nunca stressei muito com listas sobre o que comprar ou o que levar, se compro isto ou aquilo, etc. Quando estava grávida pela 1a vez, supos sempre que não era normal saber muito. Acho que atualmente se stressa demasiado com a busca do "melhor", é sempre "o melhor": o melhor obstetra, o melhor pediatra, o melhor carrinho, as melhores fraldas,etc. Às vezes não é precisa tanto, confiar e ir pedindo ajuda quando se precisa.
Tenho 3 filhos e erro imenso, tomo más decisões, compro coisas que não necessitava, faltam-me coisas, mudo de ideias, mas estamos cá todos, saudáveis e felizes. A vida não é perfeita, não vai ser uma mãe exemplar, mas vai ser a mãe do seu bebé, vai saber o que fazer, vai saber protegê-lo, vai correr bem.
Ainda tem tempo, ainda falta, foque-se em si neste momento, em cuidar de si e em estar bem.
Olá Joana.
Primeiro de tudo, é importante que saibas que não estás sozinha. Grande parte das mulheres sentem-se assim.
Eu não gostei de estar grávida. Tive sintomas muito estranhos, muito diferentes de outras mulheres e tive coisas que nunca tinha ouvido falar. Sentia-me presa numa rotina de mudança de hormonas, idas aos médicos, peso e barriga a aumentar, parecia que a minha vida estava em standby.
Depois o bébé nasceu e eu continuava a sentir-me presa. Tinha as hormonas todas trocadas, falta de sono e de descanso, a minha vida girava à volta do bébé. Lembro-me de uma vez, a caminho do pediatra para mais uma consulta de rotina, comecei a chorar por sentir que eu já não era ninguém, já não existia a não ser para o bébé, tinha saudades da minha autonomia, de me sentir eu.
A verdade é que a gravidez e o pós parto foram difíceis mas com o tempo, aos poucos, a vida começou a entrar nos eixos e eu comecei a sentir-me de novo.
O bébé começou a ficar autónomo, a ir para a creche ou avós e eu comecei a conseguir ser uma mulher de novo.
Por isso, sim esta fase é difícil e ainda está só no inicio, mas o tempo irá passar e vais voltar a sentir-te tu de novo.
Em relação ao bébé, eu também não percebia nada de bebés e nunca fui uma pessoa muito maternal.
Mas já se costuma dizer "quando nasce um bébé, nasce uma mãe".
Isto significa que haverá muita coisa que tu saberás o que fazer, por simplesmente seguires os teus instintos.
Vocês são fantásticas 💕
Que força e positivismo da vossa parte.
Obrigada pelas palavras.
Desejo vos tudo de bom 💕
Nunca se menospreze. Não sabe tudo ou sabe pouco, mas está no seu momento, é o seu bebé, vai aprender, vai errar e vai acertar, vai vivenciar, vai conhecer o seu bebé, vão adaptar-se um ao outro. Ser humilde em pedir ajuda, mas aceitar que pedir ajuda não é ser inferior, não deixe que a menosprezem, é estar a aprender e fazer o que é da sua responsabilidade, é o seu momento. Se errar, muda e na próxima faz de outra maneira. É a sua vez, estar disponível para aprender e pedir ajuda, mas não ter medo de errar e não deixar que a desvalorizem.
Cumprir regras de segurança, sempre, sempre, o resto vai fazer, vai conseguir, e se apertar mal o bodie? E se comprar roupas que nunca vai usar? E se for para a maternidade sem toalha de banho? E se comprar a chupeta "errada"? E se estiver cansada e não der banho ao bebé? Não vai acontecer nada.
Queria apenas dizer-lhe que senti o mesmo quando estava grávida, e continuo a sentir por vezes ainda. Na verdade senti que até a minha mãe achava que eu não ia ser boa mãe... Acho que é normal, é tudo novo e não sabemos ao que vamos, e às vezes deixamos que estraguem a nossa confiança.
Só depois, quando o bebé nascer, é que vai perceber o verdadeiro impacto que isso terá na sua vida. Mas acredite que vai fazer o melhor que sabe e consegue, e isso e o amor pelo seu bebé vão ser tudo o que ele vai precisar. E ele vai ensinar-lhe muita coisa todos os dias.
O meu conselho é que agora tente relaxar, aproveite bem esta fase porque parece longa mas passa a correr... e a seguir muda tudo... Mas não necessariamente para pior! Pode demorar um pouco, mas vai voltar a encontrar-se como mulher e como mãe. Aproveite agora para relaxar, fazer programas em casal, namorar muito. Mas acredite que a seguir também pode ser bom, ainda se vai surpreender. 
Hoje em dia também vemos demasiadas coisas na internet e isso acaba por nos fazer um bocadinho mal e minar a nossa confiança..
Um beijinho e que corra tudo bem.
Joana, estou de 13 semanas, ando a tentar engravidar há 4 anos. Neste caminho fiquei com 4 filhos no coração, fiz tratamentos de pma, tomei muitas hormonas que me fizeram muito mal física e psicologicamente, fui operada ao útero e nunca desisti de lutar por ser mãe. Quando fiquei grávida fiquei feliz e assustada, tive muito medo de perder outro. Mas desta vez foi diferente, está a correr bem. Entre as 6 e as 9 semanas passei muito mal. Andava sempre enjoada, quase não comia e comecei a sentir que não estava a ser boa mãe, que podia estar a prejudicar o desenvolvimento do meu bebé. A par dos enjoos, eu tinha muito sono e passava os dias a dormir. Eu já estava de baixa de alto risco porque tenho 46 anos e um historial de perdas e não conseguia fazer nada em casa. O meu marido chegava a casa e nem jantar, nem nada arrumado e ele começou a chatear-me que eu passava o dia em casa sem fazer nada. Dei por mim a chorar e a pensar o que é que eu tinha feito à minha vida. Cheguei a sentir arrependimento e culpa por sentir isso, pois lutei tanto e desejei tanto este filho. Um dia pedi ao meu marido para se sentar comigo e disse-lhe que sr eu não fazia nada não era por não querer, expliquei-lhe o quanto estava a ser difícil os enjoos e o sono, expliquei-lhe como me sentia, chorei, choramos os dois e ele mudou de atitude e eu comecei a sentir-me mais confiante. Tudo isto é uma novidade para nós e os dois teríamos de nos apoiar e dar tempo aos nossos sentimentos. Hoje sinto-me grata por este bebé. Ainda não comprei nada, nem sequer li nada sobre gravidez ou bebés e sinto-me tranquila. Há tanta informação que acabamos perdidas. Não pretendo ser uma mãe perfeita, nem melhor que ninguém. Vou errar, sim vou, é normal. As nossas mães e avós não tinham internet, nem livros com soluções milagrosas (atenção que não pretendo criticar, nem ofender ninguém, falo apenas de mim) e criaram filhos, netos, sobrinhos e correu umas vezes melhor, outras pior. Prefiro ouvir os conselhos da minha mãe, da minha sogra, da médica, a andar a meter ideias na cabeça. E quanto a comprar carrinhos, cadeiras, roupa e mais roupa, cremes para tudo o que mexe, ainda não tenho nada. Nem roupa de grávida. Joana, não se culpe pelos seus sentimentos, é normal, ninguém nos prepara para a gravidez e a ideia que passa é que é tudo maravilhoso. Não, não é, e está tudo bem. Se sentir que precisa de ajuda, procure terapia porque mais uma vez não há mal nenhum nisso, nesta fase também é importante cuidar de si. Tudo a correr bem e estamos aqui umas para as outras.
Olá...
Eu vou ter o meu terceiro filhote e tem dias que me sinto assim... Não sei se por já ter 35 anos e não quer tirar "atenção" aos manos... Se irei ter paciência para um bebé quando os outros estão idades meio complexas e a precisar de muita atenção... Terceira gravidez, é verdade, mas nas outras nunca tive o medo que tenho nesta...
Mas são dias... As mudanças de humor também não ajudam 😅😅😅
Vai tudo correr bem, as mulheres vão buscar forças não sei de onde.
"Tu és a melhor mãe que o bebé poderia ter... " Foi o que um obstetra me disse na minha primeira gravidez...
Tenho dois filhos, o mais novo já com 8 anos e penso no que me fui meter. Aos 42 anos já devia ter juízo.
Vou ter a desejada menina e nem sei o que comprar! Lacinhos, fitas para o cabelo?! Os meus filhos eram carecas! A última menina que cuidei já vai fazer 25 anos!!
E o parto, amamentar novamente? Mais mastites? Dormir mal... 😬 Faltam menos de 3 meses. 😅
Mas tenho a certeza que vai ser amor à primeira vista. E vou fazer o melhor que conseguir.
Todas conseguimos. ☺️
