Olá a todas
Venho pedir uma opinião, que gerou debate lá em casa.
Começando por explicar, tenho 2 enteados, um de 13 anos e uma de 17 anos.
As tarefas de ambos em casa são lavar a louça e tratar da roupa, que dividiam entre si, à vez.
Mas na parte da roupa (estender, apanhar e dobrar), às vezes faziam, outras não faziam, ou calhava sempre ao mesmo e o outro não fazia, então perguntámos o que é que eles preferiam: Ficar com tarefas fixas ou dividirem, ao que responderam, que preferiam ficar com tarefas fixas.
A minha enteada disse que preferia ficar com a louça, e o meu enteado ficou então com a roupa.
Na altura, confessei que não me sentia confortável ter um miúdo de 13 anos a cuidar da minha roupa (roupa interior e afins). Ele é responsável por exemplo com horários, mas não é muito responsável com objetos.
No entanto, como tinha sido algo decidido por ambos, não queria estar a contraiar.
Então, pensei em arranjar um cestinho da roupa apenas para a minha roupa e para a da bebé, e começar a tratar eu da minha roupa.
O meu marido não gostou da ideia, pois diz que acha que estou a fazer separação do que é meu e do que é deles. E eu expliquei que simplesmente não me sinto confortável que seja o meu enteado a tratar-me da roupa e que acho que estou no meu direito. Não acho que faça sentido, não sei.
O meu marido diz que podia-se falar e arranjar-se outra tarefa para o meu enteado, mas as tarefas já estão todas bem distribuídas, à medida de cada um, e mesmo que até fosse eu a assumir a roupa de todos, estaria a ficar mais sobrecarregada porque depois o meu enteado não vai conseguir assumir nenhuma das que já tenho (tratar da bebé, cozinhar...). Ou seja, eu ficava com mais uma, e ele com menos uma.
A questão aqui é, estou a agir assim tão mal, por querer separar a minha roupa e a da bebé e querer ser eu a tratar dela?
Não atingi o seu pensamento...não entendi "onde quer chegar ou que lhe faz confusão".
Não acho que esteja errada em querer tratar das suas coisas, mas então cada um trata do que é seu. Essa separação não vejo nenhum sentido.
A questão é o meu marido achar mal em eu querer tratar da minha roupa à parte porque não me sinto confortável que seja o meu enteado de 13 anos a tratar. No entender dele, ele acha que estou a criar separações entre o que é meu e o que é deles (os meus enteados e o meu marido).
E eu questiono, estarei a agir assim tão mal em querer tratar da minha roupa, porque não me sinto confortável em ser o meu enteado?
Olá
Eu entendo que não se sinta bem a ter alguém a tratar da sua roupa intima, mas também não faz sentido estar a separar a sua roupa da dos outros porque assim passa uma imagem de falta de confiança ou de desconfiança.
Se não se sente à vontade, ou cada um trata da sua roupa ou então dá outra tarefa ao seu rapaz.
Roupa é roupa, sejam cuecas, soutiens ou camisolas. Se sente que há algo que deva ter desconfiança, é uma coisa. Mas se acha que é só desconforto da sua parte mas que não há nada que tenha a feito sentir assim, então acho que está a diabolizar algo tão banal como cuecas e soutien.
Em último dos casos, pode lavar à mão a sua roupa interior com a desculpa que são tecidos delicados mas separar a sua roupa toda pode trazer uma ideia errada.
O problema é que me sinto assim em relação à roupa toda.
Também pela desorganização. Por exemplo, as cuecas da minha enteada vêm todas para o meu quarto, e as minhas meias vão para o quarto da minha enteada. O problema é que ela, mesmo vendo que não é dela, usa na mesma e depois fico eu sem meias, e então tenho a roupa toda baralhada nos quartos a que não pertencem.
No outro dia andava a achar estranho não ver umas calças minhas há muito tempo. Fui à procura, e estavam no quarto do meu enteado. E ele arrumou e pronto, ali ficaram.
Isto faz-me tudo muita confusão, porque gosto de tudo organizado.
Entendo a sua questão: no meu caso não adoro quando a minha mãe ou a minha sogra lavam a minha roupa íntima e evito quando possível. Não fico confortável, pelo que sei que também não gostaria se tivesse um enteado de 13 anos a fazê-lo.
Por outro lado, a nível de organização, pode não ser uma tarefa adaptada à idade dele. Não é fácil por exemplo distinguir meias e cuecas de 2 mulheres, a não ser que tenham estilos e/ou tamanhos muito diferentes. Quando vivia com os meus pais, o meu pai não entendia que meias eram minhas e que meias eram da minha mãe. Mesmo agora, eu não consigo distinguir completamente as t-shirts do meu marido e do meu pai se por acaso fizer uma máquina de roupa com elas misturadas. Não sou eu que compro a roupa deles, não faço ideia, tenho de andar a perguntar, e quando não pergunto, engano-me. Se o meu marido tratar da roupa, para ele toda a roupa de criança que aparecer é automaticamente da nossa filha. Já eu, como sou eu que lhe compro a roupa, sei bem o que ela tem e no outro dia descobri que tinha no cesto da roupa suja umas peças de roupa de uma vizinha que tinha vindo passar a noite com a minha filha (têm a mesma idade), por isso lavei e pus de parte para devolver.
Isto para dizer, que se para nós adultos não é assim tão evidente distinguir as peças de roupa, imagino que para um miúdo de 13 anos também possa não ser simples.
Agora não acho que a solução passe por separar a sua roupa e a da bebé, porque de facto também me parece que está a querer separar o que é “vosso” do que é “deles”. Por exemplo, imagino que o seu enteado consiga identificar bem a roupa da bebé, por isso por razão não haveria ele de tratar dela também?
Parece-me responsabilidade de mais para uma criança de 13 anos tratar da roupa de toda a família.
Porque não tratar apenas da roupa dele? Ou dá essa tarefa ao marido ou a si e outra tarefa ao miúdo? Porque não ajudar a cozinhar? Ou arrumar a cozinha?
Parece me um pouco exagero da sua parte.
Nesse caso ele trata da dele, parece-me o lógico. Eu entendo que queria tratar da sua, mas o menino tratava de todas menos da sua e da sua filha? A roupa íntima da irmã e do pai não teria problema?
Sim, também acho que está a fazer essa separação, pelo menos eu não me sentiria bem se me fizessem isso.
Não me custa entender que queira tratar da sua e da sua filha, costuma -me entender a lógica do "ele trata do resto, eu trato da minha e da minha filha".
MisaL escreveu:Não atingi o seu pensamento...não entendi "onde quer chegar ou que lhe faz confusão".
Não acho que esteja errada em querer tratar das suas coisas, mas então cada um trata do que é seu. Essa separação não vejo nenhum sentido.A questão é o meu marido achar mal em eu querer tratar da minha roupa à parte porque não me sinto confortável que seja o meu enteado de 13 anos a tratar. No entender dele, ele acha que estou a criar separações entre o que é meu e o que é deles (os meus enteados e o meu marido).
E eu questiono, estarei a agir assim tão mal em querer tratar da minha roupa, porque não me sinto confortável em ser o meu enteado?
Concordo com as opiniões anteriores, essa divisão não faz sentido e sim, pode ser subconsciente mas na sua cabeça há um "nós" e um "eles", que esta questão está a pôr em evidência.
Também me parece excessivo colocar um adolescente de 13 anos a tratar da roupa de toda a família. Há outras tarefas que pode fazer na casa, mais simples e que exigem menos concentração. Aspirar, limpar o pó, levar o lixo à rua,...
Se quiser mesmo manter a tarefa da roupa, o seu enteado pode dobrar e a Ana separa o que é do vosso quarto, depois segue para o deles. Aliás, nem estou a ver como separava a sua roupa e do bebé. Fazia máquinas à parte? O que estivesse no estendal vosso ninguém mexia mesmo que fosse necessário apanhar para estender outra? Pense um bocadinho...não faz sentido e só acentua as divisões que me parece não serem pequenas.
Olá,
Deixar um jovem de 13 anos a tratar da roupa (estender, apanhar e dobrar) de 5 (a dele, a sua, a do pai, da irmã mais velha e da mais nova) é obra!!!! já agora, porque é que não o mete a passar a ferro? se fosse eu com 13 anos, claro não me importava de lavar loiça, agora roupa de 5...só não fugia se não pudesse!
Não lhe arranja uma coisa mais fácil? é que nem me passaria pela cabeça tendo um enteado (ou um filho) dar-lhe essa função. Tenho um filho com a mesma idade do seu enteado e da "secção da roupa" o que ele faz é arrumar a roupa que está dobrada e passada a ferro. Há coisas mais simples de fazer. Despejar o lixo, lavar o chão da cozinha, limpar o pó do quarto. Agora roupa? Dê-lhe mais uns anos... Quando sou eu a dobrar as meias as vezes tenho dúvidas em junta-las, quanto mais um jovem de 13 anos...
Flexibilizem tarefas.
Tratar da roupa de 5 para um pré-adolescente de 13 anos não é adequado.
Gaba
Exatamente, acho que o facto de eu me sentir também desconfortável com a situação é por achar que é uma tarefa demasiado exigente para um adolescente de 13 anos. Isto, agregado ao facto de não me sentir confortável com a roupa íntima.
Só que isto meio que foi algo organizado entre eles.
Ou seja, inicialmente eram os dois na loiça. Depois, o meu marido chamava mais a minha enteada, e ao longo do tempo, para não ficar um com mais do que o outro (porque é também a minha enteada que limpa o wc que é só usada por eles), falou-se em dividirem a situação também da roupa.
Só que não funcionava bem, então perguntou-se se queriam continuar a dividir ou fixar tarefas, e eles quiseram fixar, e a minha enteada falou logo que queria ficar com a louça, logo sobrou a roupa para ele.
Quando dei por mim, tinha a roupa entregue a ele, e não me senti confortável.
Mas também não me quis intrometer naquilo que eles tinham organizado, então foi aquele lema: "Quem está mal muda-se".
A forma como ia fazer era ter um cesto da roupa onde colocava a minha e a da bebé (a da bebé para ter mais roupa para encher uma máquina, visto que só com a minha, seria pouca), e fazer uma máquina quando o cesto enchesse, e depois estendê-la eu e por ai a fora.
É a vossa dinâmica, mas também concordo que a divisão das tarefas "é esquisita".
Para além de ser um peso enorme para 13 anos organizar tanta roupa, eu tenho aqui a minha no estendal desde domingo e uma vontade imensa de a apanhar e dobrar! Também acho que colocar-se em pé de igualdade na divisão de tarefas com 1 miúdo de 13 anos não tem sentido. Entre si e o seu marido, tudo ok, colocar os miúdos nessa divisão igualitária não faz muito sentido.
Na prática resulta em menos trabalho para ele, acredito que não se vai importar muito, mas acho que está a colocar uma divisão. O que está a fazer é a preocupar-se com a sua parte e da sua filha e eles que se arranjem, que façam o que entendem, como quiserem. Não que separar tenha problema, também separo a do bebé da nossa, mas sou eu que trato de tudo depois.
De repente imaginar a situação fez-me mais lembrar os companheiros de casa que tínhamos na altura da faculdade de uma família.
Exatamente, acho que o facto de eu me sentir também desconfortável com a situação é por achar que é uma tarefa demasiado exigente para um adolescente de 13 anos. Isto, agregado ao facto de não me sentir confortável com a roupa íntima.
Só que isto meio que foi algo organizado entre eles.
Ou seja, inicialmente eram os dois na loiça. Depois, o meu marido chamava mais a minha enteada, e ao longo do tempo, para não ficar um com mais do que o outro (porque é também a minha enteada que limpa o wc que é só usada por eles), falou-se em dividirem a situação também da roupa.
Só que não funcionava bem, então perguntou-se se queriam continuar a dividir ou fixar tarefas, e eles quiseram fixar, e a minha enteada falou logo que queria ficar com a louça, logo sobrou a roupa para ele.
Quando dei por mim, tinha a roupa entregue a ele, e não me senti confortável.
Mas também não me quis intrometer naquilo que eles tinham organizado, então foi aquele lema: "Quem está mal muda-se".
A forma como ia fazer era ter um cesto da roupa onde colocava a minha e a da bebé (a da bebé para ter mais roupa para encher uma máquina, visto que só com a minha, seria pouca), e fazer uma máquina quando o cesto enchesse, e depois estendê-la eu e por ai a fora.
Nesse caso, porque não conversa com o seu marido sobre o facto de achar que tratar da roupa de 5 pessoas é demasiado para um miúdo de 13 anos e que se calhar seria mais justo e sensato arranjar-lhe outra tarefa? O facto de “eles se terem arranjado” assim, não significa que seja o mais justo e que vocês enquanto adultos não possam encontrar melhor solução.
Porque é que não trata você das roupas e ele arruma a casa por exemplo?
Acho que uma criança de 13anos tratar das roupas é uma função demasiado pesada para ele.
O que pode e deve fazer é, lava as roupas e mete a secar mas cada um arruma as suas roupas e ponto final.
O rapaz que aspire a casa e limpe o pó, acho uma tarefa bem mais viável ele fazer do que tratar da roupa.
Lá em casa trato das roupas, passo a ferro e arrumo no sitio. É uma coisa que leva imenso tempo? é.. mas não abro mão de ser eu a tratar pq gosto de ter essa parte controlada por mim.
Porque é que não trata você das roupas e ele arruma a casa por exemplo?
Acho que uma criança de 13anos tratar das roupas é uma função demasiado pesada para ele.
O que pode e deve fazer é, lava as roupas e mete a secar mas cada um arruma as suas roupas e ponto final.
O rapaz que aspire a casa e limpe o pó, acho uma tarefa bem mais viável ele fazer do que tratar da roupa.
Lá em casa trato das roupas, passo a ferro e arrumo no sitio. É uma coisa que leva imenso tempo? é.. mas não abro mão de ser eu a tratar pq gosto de ter essa parte controlada por mim.
Ou então se o problema é a sobrecarga no tempo, lava as roupas e o rapaz mete a secar 💁♀️
Pode justificar essa separação da seguinte forma: para além de aliviar a tarefa visto ser menos roupa, é muito mais fácil e mais óbvio para o seu enteado separar a roupa dele, a do pai e a da irmã. Desta forma não confunde a roupa da irmã com a sua.
Quando começar a lavar a roupa do bebé juntamente com o resto da roupa, pode optar por ser a Ana a tratar da sua roupa e da do marido, e o seu enteado fica responsável por tratar da roupa dele e das irmãs.
Ou então, como já sugeriram, arranja outra tarefa para ele.
Honestamente acho que deviam elaborar um quadro de tarefas entre todos e irem alternando, para que todos passassem pelas tarefas, principalmente os seus enteados e, assim, aprenderem de tudo um pouco. Uma criança de 13 anos cuidar da roupa de 5 pessoas é dose! É normal que faça confusão com meias, cuecas etc. Até eu faço e tenho 34, que fará.
Ana Cláudia Magalhães
Conforme as ideias, voltámos a falar todos cá em casa sobre a questão, e então ficou decidido que será o meu marido a assumir a roupa, e o meu enteado fica responsável de tirar o lixo, pôr um saco novo, e levar para o caixote do lixo. E aos fins-de-semana lava a louça, uma vez que de semana é a minha enteada.
Resolvido