Pedir Guarda Exclusiva

Contra a vontade do pai acho muito difícil que consiga, por aquilo que contou. Pode começar a reforçar que quando está com ele, tem de estar com ele, e se de facto ele não parece tão disponível a menina passaria a ficar consigo. Imagino que seja muito difícil dizer que não está disponível se ele pedir, mas pode ser uma forma de ele ver que o melhor seria ele estar consigo e ficar com o pai aos fins de semana, intercalados.

Ou você faz com que ele cumpra o acordo actual não fazendo cedências, isto é muito importante ou então "ameaça" que se ele não cumprir o acordo actual irá pedir a guarda para si com fins de semana de 15 em 15 dias com o pai.
O melhor é sempre saber a opinião do seu advogado primeiro.

Olá
O melhor conselho que alguém lhe pode dar é: arranje o melhor advogado que conseguir, e que conseguir pagar claro.
Um bom advogado vai saber todos os pontos que a vão salvaguardar , que agora você nem imagina que precisa. Por isso reforço, arranje um bom advogado...
Cada vez há mais juizes que são apologistas de custódia partilhada, por isso, se o pai não concorda e ainda por cima vocês já têm esse acordo informal, será muito dificil você fazer prova que o melhor para a criança é mudar o acordo.
Por mais que nós queremos saber bonzinhos e fazer as coisas a bem e de forma informal, mas a longo prazo é um grande erro fazer acordos informais sem o devido apoio de um advogado.
Quando os pais estão juntos, é natural que concordem com regras e forma de educação mas uma vez separados, e principalmente com o passar do tempo, é normal que cada um mude de ideias.
É normal que o pai, agora solteiro, queira aproveitar a vida de solteiro, que faça as suas férias, vá sair à noite. É normal que a mãe não tenha a mesma atitude (ou vice-versa).
É muito normal que, agora que estão separados, e com o passar do tempo, cada vez mais as ideias sejam diferentes e a seu ver, a forma que o pai estar a lidar com a criança não está de acordo com aquilo que é a sua expectativa. Imagine que o seu ex arranja uma namorada e ela também começa a opinar sobre o tempo e a forma que ele lida com a criança, ainda vai ter mais opiniões diferentes da sua...
Mas a verdade é que, a não ser que haja provas de neglicência (e às vezes nem com isso), é muito difícil chegar a um juiz e ele mudar um acordo que já está feito, só porque a mãe acha que o pai deveria passar mais tempo com a criança ou que o pai sai à noite e a criança fica a cuidado dos avós. Em último caso, ainda se arrisca a ouvir do juiz que "o pai tem de viver a sua vida, e desde que a criança esteja em segurança, não há risco".
Não estou de todo a invalidar as suas preocupações nem acho descabido que queira mudar o regime da custódia. Só estou a dizer que, neste momento, não sei se o vai conseguir com base no que descreveu.
Por isso repito aquilo que disse no inicio: arranje um excelente advogado, formalize o acordo parental e deixe tudo bem explicito nesse acordo com apoio do advogado. Há imensos detalhes que agora nem sequer está a pensar que no futuro vão ser motivo de preocupação.
Tente a custódia exclusiva, mas pense também em todos os pequenos detalhes que quer que fiquem escritos e regulados: tempo de férias, autorização sobre sair do país, quem define as decisões sobre saude e em caso de desacordo, quem faz o desempate., etc... Isto da boa vontade é muito giro mas tem de pensar que amanhã, o pai arranja uma nova familia, outras prioridades, e depois as coisas mudam e você já não terá nenhuma influência sobre ele.

Olá Filipa,
Conforme aquilo que a Adelia_Silva diz que não foge da realidade.
Falo por experiencia própria, o melhor é mesmo arranjar um advogado na medida do possível que tenha experiencia em Regulamentações Parentais, isto porque, no inicio apesar de aparecer alguns problemas, com o passar do tempo pode ocorrer situações novas e ainda mais problemáticas e que com a idade as crianças vão tendo a noção e a manipulação às mesmas pode acontecer.
O melhor é ter um acordo parental bem organizado entre voces e tanto um como o outro têm de o cumprir, obviamente que por vezes nem sempre é à risca, mas pelo menos a Filipa está salvaguardada.
Continue a fazer o que faz relativamente a informar sobre as atividades escolares e caso algo veja que não está bem.
A sua filha é a sua prioridade e devia ser obviamente do seu ex companheiro também, mas quanto a isso nada é do nosso controlo. Desejo-lhe a maior das sortes.