Bom dia.
Trago um tópico um pouco complexo, mas a verdade é que preciso de outros testemunhos.
Este ano (dos 7 anos) está a ser muito desgastante com o meu filho. Parece que se lhe deu um click qualquer que me está a esgotar totalmente.
Nem sei bem por onde começar porque é tanta coisa, tão diferentes e ao mesmo tempo complementam-se.
Mas começando pelo fim, hoje saiu o resultado de vários testes psicopedagogicos que esteve a fazer nos ultimos meses e basicamente foi diagnosticado com altas capacidades e rasgos de hiperatividade e défice de atenção.
Tudo isto começou porque eu nao via normal o comportamento dele em várias situações.
- Comportamental: não consegue estar parado mais que 30 segundos. Literalmente. E isto prejudicava ao fazer os trabalhos de casa, por exemplo. À mesa. Em muitos outros momentos. Tudo isto começou porque eu me queixei ao professor no final do ano passado.
Na escola o professor já nos tinha falado disso. Que ele está constantemente levantado. Já o conhecem, entao até lhe pedem para ir buscar água para o professor, ou um papel qualquer à secretaria, só para ele se poder movimentar e nao estar 1h na cadeira. Entre outras açoes que fazem com ele para tentar estar sossegado.
- Atenção: perde o foco super fácil. está com atenção a tudo ao redor. Não consegue terminar as tarefas do inicio ao fim porque perde a concentração.
Isto claro, muda totalmente quando é um tema do seu interesse, que fica 100% focado e quer saber até mais do que os miudos da sua idade se interessam.
Eu dou-lhe umas instruçoes, entra por um lado e sai pelo outro, porque na sua cabeça está a pensar em outros temas. Mas isto é uma coisa surreal. Eu propria nao compreendo esta (falta de) capacidade.
- Avaliaçoes escolares: ou traz nota máxima, ou traz quase negativa. Não há meio termo. Ele sabe fazer as coisas bem, compreende tudo, mas devido aos pontos anteriores, desliza. Normalmente tira nota máxima quando eu passei os dias anteriores em cima dele, todos os dias a rever a materia e a fazer exercicios.
- socializaçao: sem problemas. O unico ponto menos bom que o professor conta, é quando ele começa a "discursar" que os colegas nao o conseguem acompanhar. Para alem disso, como é muito ativo, por vezes fisicamente lhe salta uma ou outra atitude mais "bruta".
Basicamente agora tenho que redefinir objetivos para com ele.
Pequenas rotinas basicas ele nao cumpre porque por exemplo, se senta na cama a ler enciclopedias.
É capaz de estar ininterruptamente a fazer perguntas, mas nao sao perguntas básicas. Sobre os reis, sobre minerais e cristais, sobre religiao, etc etc.
Há muitas mais coisas que eu podia contar, mas nao saía daqui.
Isto a mim pareciam-me atitudes mais ou menos normais, excepto a da Hiperatividade, que essa me saltou à vista.
Também ia perguntando a outros pais e aos proprios professores se nao sao todos assim. Porque apesar de ser esgotante, todos estamos esgotados, nao? É a vida atual.
No entanto, já me tinham alertado outras mães que trabalham com crianças, de que ele estaria fora da linha, devido ao seu tipo de raciocinio, da forma como fala, dos temas que lhe interessam, a sua atitude inquieta.
Enfim.... neste momento estou um pouco perdida, porque tenho que repensar muita coisa das suas rotinas diárias.
No fim de tudo, ele é um miudo suuuuuper bom, doce, divertido, mas que desde sempre se perdeu nos seus pensamentos (lembram-se que eu me queixava disto quando ele estava "atrasado" para falar, porque estava em contacto com 4 linguas diferentes?).
Agora é ajudá-lo a tirar proveito das suas capacidades da melhor forma, mas aqui é que está a grande dificuldade.
Agora o fundamental é pedirem ajuda especializada para o orientarem e o ajudarem a ter uma qualidade de vida melhor. Também deve ter apoio específico na escola. Não é fácil viver assim sempre em tensão.
Depois terá tempo para aproveitar as suas capacidades.
Sim, o professor disse para irmos ao pediatra e ao neurologista com ele, e na escola também são seguir ajudando. Vai ser um trabalho das 3 partes.
Pais, médico, escola.
Neste momento estou um pouco desanimada porque estamos todos muito esgotados e isto vai dar trabalho, mas creio que é a altura ideal, enquanto é pequeno para o ajudarmos a ele, e nós também podemos levar uma vida mais tranquila.
A diferença que eu vejo é que até aos 6 anos ele nao sabia expressar-se nem fisicamente, nem oralmente, e agora aos 7 que abriu a torneira, está a sair-lhe tudo de uma vez.
Carla,
O Pedro está a fazer esses testes para despiste do TDAH pois há uns tempos atrás criei alguns tópicos sobre a alteração de comportamento dele entre os 6 e os 7 anos que foi uma mudança radical e eu não estava a saber lidar.
Hoje sei que ele “desliga o interruptor” literalmente e só o liga quando o assunto é de seu interesse.
Ainda não temos disgnóstico mas o mais provável é ter défice de atenção.
Um abracinho e espero que consigam lidar com o tema da melhor maneira.
Vão saber lidar, com a ajuda certa tudo vai melhorar.
MisaL escreveu:Agora o fundamental é pedirem ajuda especializada para o orientarem e o ajudarem a ter uma qualidade de vida melhor. Também deve ter apoio específico na escola. Não é fácil viver assim sempre em tensão.
Depois terá tempo para aproveitar as suas capacidades.Sim, o professor disse para irmos ao pediatra e ao neurologista com ele, e na escola também são seguir ajudando. Vai ser um trabalho das 3 partes.
Pais, médico, escola.
Neste momento estou um pouco desanimada porque estamos todos muito esgotados e isto vai dar trabalho, mas creio que é a altura ideal, enquanto é pequeno para o ajudarmos a ele, e nós também podemos levar uma vida mais tranquila.
A diferença que eu vejo é que até aos 6 anos ele nao sabia expressar-se nem fisicamente, nem oralmente, e agora aos 7 que abriu a torneira, está a sair-lhe tudo de uma vez.
Uma pergunta.
Sabeis se há algum tipo de terapia, mindfullness que possa ajudar?
Eu tenho a certeza que se vou ao pediatra e neurologista, me vao dizer para medicar. É o que fazem 90% deles.
Nao quero estar em negaçao, mas eu acho que nao é necessário ir por aí.
Creio que haverá estratégias que poderao ajudar, nós mesmo tendo também alguma sessao de terapia, nao sei.
Gostava de tentar um caminho primeiro que nao fosse o da medicaçao.
Carla,
O Pedro está a fazer esses testes para despiste do TDAH pois há uns tempos atrás criei alguns tópicos sobre a alteração de comportamento dele entre os 6 e os 7 anos que foi uma mudança radical e eu não estava a saber lidar.
Hoje sei que ele “desliga o interruptor” literalmente e só o liga quando o assunto é de seu interesse.
Ainda não temos disgnóstico mas o mais provável é ter défice de atenção.
Um abracinho e espero que consigam lidar com o tema da melhor maneira.
Vamos tentar.
Obrigada.
Mas é isso mesmo, é nao saber lidar com o comportamento dele.
Que não é mau. Nada disso.
Mas é diferente e esgotante.
Que vos seja leve também a voces!!
Na phda não sei se existe "rasgos", quero dizer, não sei se já faz diagnóstico assim ou se é uma chamada de atenção para voltar a ser observado mais tarde, por exemplo. Se não tiver diagnóstico fechado, não vão medicar, é mesmo uma questão de avaliação da situação.
A meditação, o yoga e a terapia ocupacional têm bons resultados, costuma haver consulta de terapia comportamental com foco nestes casos e pode ser uma ajuda como orientação, até os pais.
Também não sei se é necessário já avançar para medicação, mas muitas vezes a medicação é fundamental para os manter mentalmente nem estáveis até para que estejam mais disponíveis e receptivos para as terapias.
A minha filha também tem "rasgos", não que tenham dado esse nome, cumpre alguns critérios, mas não teve diagnóstico. Ajudou muito a idade e o amadurecimento, assim como a escola certa.
Uma pergunta.
Sabeis se há algum tipo de terapia, mindfullness que possa ajudar?
Eu tenho a certeza que se vou ao pediatra e neurologista, me vao dizer para medicar. É o que fazem 90% deles.
Nao quero estar em negaçao, mas eu acho que nao é necessário ir por aí.
Creio que haverá estratégias que poderao ajudar, nós mesmo tendo também alguma sessao de terapia, nao sei.
Gostava de tentar um caminho primeiro que nao fosse o da medicaçao.
Na phda não sei se existe "rasgos", quero dizer, não sei se já faz diagnóstico assim ou se é uma chamada de atenção para voltar a ser observado mais tarde, por exemplo. Se não tiver diagnóstico fechado, não vão medicar, é mesmo uma questão de avaliação da situação.
A meditação, o yoga e a terapia ocupacional têm bons resultados, costuma haver consulta de terapia comportamental com foco nestes casos e pode ser uma ajuda como orientação, até os pais.
Também não sei se é necessário já avançar para medicação, mas muitas vezes a medicação é fundamental para os manter mentalmente nem estáveis até para que estejam mais disponíveis e receptivos para as terapias.
A minha filha também tem "rasgos", não que tenham dado esse nome, cumpre alguns critérios, mas não teve diagnóstico. Ajudou muito a idade e o amadurecimento, assim como a escola certa.carlabrito escreveu:Uma pergunta.
Sabeis se há algum tipo de terapia, mindfullness que possa ajudar?
Eu tenho a certeza que se vou ao pediatra e neurologista, me vao dizer para medicar. É o que fazem 90% deles.
Nao quero estar em negaçao, mas eu acho que nao é necessário ir por aí.
Creio que haverá estratégias que poderao ajudar, nós mesmo tendo também alguma sessao de terapia, nao sei.
Gostava de tentar um caminho primeiro que nao fosse o da medicaçao.
Sim, é o mesmo. Eu nao sabia muito bem como dizer em portugues.
Rasgos é a palavra em espanhol, e querem dizer que há um ou outro ponto que coincide com a caracteristica, mas nao deram esse diagnostico.
Disseram para ir a um especialista.
Estes testes foram feitos na escola, têm pessoal especializado mas claro, nao sao médicos.
Creio que a escola tambem vai ser fundamental neste caminho, seja ele qual for.
Olá Carla,
Lamento que estejas a passar por isto. Não sei responder a algumas das tuas questões, mas venho só mostrar apoio e compreensão às tuas reticências no pré diagnóstico e na questão da medicação. Há evidência científica de que a perturbação de hiperatividade e défice de atenção são sobrediagnosticadas e as crianças sobre medicadas há vários anos, pelo que deves, sim, procurar um bom especialista na área, não só para o diagnóstico certo (que pode ser nenhum por não haver nada a diagnosticar) mas também para o questionar sobre terapêuticas não medicamentosas. Se pesquisares em revistas médicas há vários estudos que apontam o sobrediagnostico (e é comum referirem estes pré-diagnósticos em ambiente escolar como indutores do processo).
Um abraço e que tudo corra bem com o teu Henrique! 🙏
É provável que não vá ter o diagnóstico, pode ficar no limbo e nem sempre é o melhor.
A terapia para o autocontrolo, para o ajudar a ter técnicas para se concentrar ajuda bastante. Um apoio psicológico pode ser o suficiente nesta fase e até confirmar ou não o diagnóstico.
A minha também vai do 0 ao 100 % dependendo se está para ali virada ou não e depois tem um poder de argumentação imenso. No pré escolar dava com a educadora em doida com a argumentação de tudo. Mas não tem mau comportamento, é mais ao estilo "pica miolos". Atualmente, ela não resolve alguns exercícios de matemática se achar que aquilo não importa ou não fazem sentido. Há dias era um exercício de horas, quanto tempo alguém estava à espera do autocarro e ela decidiu fazer a conta à sorte "porque não havia nenhum Luís à espera que ela respondesse e dizer 10min ou 1hora era igual".
No primeiro ano eram os exercícios de português, lembro-me do "a mãe põe tomate na sopa", como ela acha que a sopa não leva tomate recusava-se a escrever aquilo. Andou imenso tempo a escrever nomes, países e cidades com letra minúscula porque se lia igual e era uma esquisitice que não fazia diferença nenhuma.
Ajudou ir crescendo, ir ganhando técnicas, fez terapia, e a escola colaborar em vez de lhe cortar as asas.
MisaL escreveu:Na phda não sei se existe "rasgos", quero dizer, não sei se já faz diagnóstico assim ou se é uma chamada de atenção para voltar a ser observado mais tarde, por exemplo. Se não tiver diagnóstico fechado, não vão medicar, é mesmo uma questão de avaliação da situação.
A meditação, o yoga e a terapia ocupacional têm bons resultados, costuma haver consulta de terapia comportamental com foco nestes casos e pode ser uma ajuda como orientação, até os pais.
Também não sei se é necessário já avançar para medicação, mas muitas vezes a medicação é fundamental para os manter mentalmente nem estáveis até para que estejam mais disponíveis e receptivos para as terapias.
A minha filha também tem "rasgos", não que tenham dado esse nome, cumpre alguns critérios, mas não teve diagnóstico. Ajudou muito a idade e o amadurecimento, assim como a escola certa.carlabrito escreveu:Uma pergunta.
Sabeis se há algum tipo de terapia, mindfullness que possa ajudar?
Eu tenho a certeza que se vou ao pediatra e neurologista, me vao dizer para medicar. É o que fazem 90% deles.
Nao quero estar em negaçao, mas eu acho que nao é necessário ir por aí.
Creio que haverá estratégias que poderao ajudar, nós mesmo tendo também alguma sessao de terapia, nao sei.
Gostava de tentar um caminho primeiro que nao fosse o da medicaçao.Sim, é o mesmo. Eu nao sabia muito bem como dizer em portugues.
Rasgos é a palavra em espanhol, e querem dizer que há um ou outro ponto que coincide com a caracteristica, mas nao deram esse diagnostico.
Disseram para ir a um especialista.
Estes testes foram feitos na escola, têm pessoal especializado mas claro, nao sao médicos.
Creio que a escola tambem vai ser fundamental neste caminho, seja ele qual for.
E' muito parecido com o meu que e' bilingue. Os 7 anos ja passaram mas tambem foram muito dificieis. Recomendo pedopsiquiatra q o vai encaminhar para a psicologa. Por aqui temos afinal mt dificuldade em manter o foco, mudar de um ambiente escolar com uma organizacao diferente e numa cultura diferente para portugal foi muito complicado e foi exatamente nessa idade.
a meio das consultas de psicologia descobri q isso o ajudava muito mm q eu a psicologa estivessemos alinhadas, ter alguem q n era a mae MAS q afinal validava os conselhos que eu lhe dava. sao idades muito complicadas, mais ainda para eles e principalmente pq aqueles cerebros nao param 1 segundo e tem muitas duvidas.
tambem descobri que eu afinal tambem era muito parecida com ele...
coragem!!
Carla, eu tenho thda e a minha filha também. Talvez por eu própria ser neurodivergente não vejo o big deal, e tampouco vejo algo a lamentar (O Einstein também tinha thda).
Quando os indivíduos são apoiados desde criança o thda tem um enorme potencial de se transformar num super poder. Muitos indivíduos com este "transtorno" têm cérebros fantásticos e imensas capacidades, têm é de ser "nourished".
Para te ser franca, não me surpreende este possível diagnóstico, uma vez que ao longo dos anos tenho reconhecido nos teus relatos características do Henrique que apontam para thda (takes One to know one).
Em relação à medicação, não te apoquentes com isso agora. A medicação poderá ser uma ajuda no futuro quando frequentar o 3° ciclo e as exigências académicas passarem a ser maiores. Caso contrário, é sinal que existe algo extremamente errado na sala de aula (o que não é de todo surpreendente em várias escolas).
E' muito parecido com o meu que e' bilingue. Os 7 anos ja passaram mas tambem foram muito dificieis. Recomendo pedopsiquiatra q o vai encaminhar para a psicologa. Por aqui temos afinal mt dificuldade em manter o foco, mudar de um ambiente escolar com uma organizacao diferente e numa cultura diferente para portugal foi muito complicado e foi exatamente nessa idade.
a meio das consultas de psicologia descobri q isso o ajudava muito mm q eu a psicologa estivessemos alinhadas, ter alguem q n era a mae MAS q afinal validava os conselhos que eu lhe dava. sao idades muito complicadas, mais ainda para eles e principalmente pq aqueles cerebros nao param 1 segundo e tem muitas duvidas.
tambem descobri que eu afinal tambem era muito parecida com ele...
coragem!!
O Henrique sempre esteve em contacto com 3 idiomas ao mesmo tempo. Desde que nasceu.
Tal como a irmã.
Francês foi a lingua materna deles, porque nasceram em França, e o Henrique falou francês até aos 3,5 anos.
Ao mesmo tempo compreendia perfeitamente portugues e ingles,apesar de nao falar.
Depois mudámos para Espanha onde vivemos até hoje, e eles até agora "esqueceram"o Frances, mas aprenderam perfeitamente o Espanhol.
Neste momento ele lê, escreve e fala perfeitamente os três idiomas, mais, na escola no proximo ano vai passar a ter tambem o Francês,mas como lhe dá entusiasmo o ter nascido em França, também já começou a pedir para lhe ensinarmos coisas de Francês e ambos pedem que lhes leiamos livros em Francês porque gostam de escutar.
O que me parece é que o Henrique até aos 7 anos teve alguma dificuldade em se expressar, tanto fisica como oralmente, e agora está a "explodir" de uma vez, e nao sabe (nem tem que saber, coitado), como controlar tudo isto.
Já a irmã, apesar de ser muito mais espevitada, e de eu achar que ela é muito mais inteligente que ele, tem uma personalidade diferente e a coisa deverá ir mais tranquila com ela.
tambem ela entrou para a escola aos 7 meses, e o Henrique só aos 3,5 anos.
Parece que nao, mas faz muita diferença.
Uma nota importante, a medicação não trata nada, não é esse o propósito da medicação. Não há tratamento para o thda. A medicação ajuda a manter o foco, atenção, e até isso é por tempo limitado.
A terapia cognitivo comportamental ajuda muito, assim como aprender as diversas estratégias para lidar com os sintomas e as características do thda.
O diagnóstico é extremamente importante, e mais vale ser prudente do que desvalorizar. A minha vida académica e profissional teria sido muito (nas mesmo MUITO) mais fácil se eu soubesse que tinha thda. Imagina um videogame e todo mundo está a jogar na dificuldade normal, mas por alguma razão, sem ninguém se aperceber, a tua dificuldade foi colocada no nível mais difícil (e ninguém sabe). Agora imagina o quão frustrante é veres todo o mundo a jogar e a ultrapassar os desafios facilmente e tu estás a sentir que o jogo é seriamente desafiante para ti. Isto é viver com thda sem ser diagnosticado.
PatríciaSFMartins escreveu:Carla,
O Pedro está a fazer esses testes para despiste do TDAH pois há uns tempos atrás criei alguns tópicos sobre a alteração de comportamento dele entre os 6 e os 7 anos que foi uma mudança radical e eu não estava a saber lidar.
Hoje sei que ele “desliga o interruptor” literalmente e só o liga quando o assunto é de seu interesse.
Ainda não temos disgnóstico mas o mais provável é ter défice de atenção.
Um abracinho e espero que consigam lidar com o tema da melhor maneira.Vamos tentar.
Obrigada.
Mas é isso mesmo, é nao saber lidar com o comportamento dele.
Que não é mau. Nada disso.
Mas é diferente e esgotante.
Que vos seja leve também a voces!!
Quem não sabe, aprende.
Se efectivamente se confirmar as suspeitas de thda, tens de pôr mãos à obra e ler e aprender e manter uma mente aberta à mudança. Não é um bicho de sete cabeças, mas é preciso que vocês enquanto pais se informem e estejam dispostos a mudar também a forma como mudam com diversas situações e comportamentos. Por exemplo (porque até foi algo que ainda hoje de manhã estive a conversar com uma cliente que tem uma filha adolescente com thda), tens de ter presente que irás ter de repetir várias vezes certas instruções ou pedidos porque eles não assimilam logo à primeira ou à segunda, mesmo que ouçam (e isto é algo que ainda hoje em dia me acontece a mim - dou por mim momentos depois de alguém me dizer a algo a finalmente tomar consciência do que me foi dito), e tens de saber lidar com este facto sem te chateares porque não ajuda ninguém chateares-te. O que eu faço é aproximar-me e pedir à minha filha que olhe para mim e então digo o que tenho a dizer, ou pergunto o que tenho a perguntar. Aprendi a lidar com isto, e ninguém se chateia e não se causa mau ambiente e não me desgasta (já tenho muito com que me desgastar).
carlabrito escreveu:PatríciaSFMartins escreveu:Carla,
O Pedro está a fazer esses testes para despiste do TDAH pois há uns tempos atrás criei alguns tópicos sobre a alteração de comportamento dele entre os 6 e os 7 anos que foi uma mudança radical e eu não estava a saber lidar.
Hoje sei que ele “desliga o interruptor” literalmente e só o liga quando o assunto é de seu interesse.
Ainda não temos disgnóstico mas o mais provável é ter défice de atenção.
Um abracinho e espero que consigam lidar com o tema da melhor maneira.Vamos tentar.
Obrigada.
Mas é isso mesmo, é nao saber lidar com o comportamento dele.
Que não é mau. Nada disso.
Mas é diferente e esgotante.
Que vos seja leve também a voces!!Quem não sabe, aprende.
Se efectivamente se confirmar as suspeitas de thda, tens de pôr mãos à obra e ler e aprender e manter uma mente aberta à mudança. Não é um bicho de sete cabeças, mas é preciso que vocês enquanto pais se informem e estejam dispostos a mudar também a forma como mudam com diversas situações e comportamentos. Por exemplo (porque até foi algo que ainda hoje de manhã estive a conversar com uma cliente que tem uma filha adolescente com thda), tens de ter presente que irás ter de repetir várias vezes certas instruções ou pedidos porque eles não assimilam logo à primeira ou à segunda, mesmo que ouçam (e isto é algo que ainda hoje em dia me acontece a mim - dou por mim momentos depois de alguém me dizer a algo a finalmente tomar consciência do que me foi dito), e tens de saber lidar com este facto sem te chateares porque não ajuda ninguém chateares-te. O que eu faço é aproximar-me e pedir à minha filha que olhe para mim e então digo o que tenho a dizer, ou pergunto o que tenho a perguntar. Aprendi a lidar com isto, e ninguém se chateia e não se causa mau ambiente e não me desgasta (já tenho muito com que me desgastar).
Isso já acontece atualmente, e eu já faço isso com ele também.
Um dos sinais foi eu precisamente nao perceber como é que ele nao cumpre uma sequencia de tarefas básicas, muito básicas, que se repetem todos os dias. Porque se distrai com um monte de coisas pelo meio.
E nao há um unico dia que ele seja capaz de começar e acabar, a menos que eu lhe dê uma motivaçao que o faça focar-se a 100%. Por exemplo dizer-lhe que se ele fizer essa sequencia de coisas, o deixo ver tablet (ao fim de semana, por exemplo).
Aí, é ver-lo fazeras coisas SUPER bem e super rápido, focado do inicio ao fim.
Aqui está a dificuldade do diagnostico. É mesmo traços de tdha, ou simplesmente despreocupaçao e irresponsabilidade?
Aqui é onde estamos e há que investigar um pouco.
Olá Carla.
Não sou especialista na área do phda mas sei que o mindfulness bem acompanhado pode ser muito útil.
Acredito que com todas as valências juntas vão encontrar o caminho certo para vocês.
O que me levou a escrever foi que revi o meu filho em várias situações que descreveste. Claro que ainda não está em ensino primário e por isso não consigo comparar mas ele distrai-se constantemente, coloca‐se em risco imensas vezes porque não tem noção do medo, fisicamente super apto, repito as mesmas coisas mil vezes, mesmo olho no olho, e tem emoções do tamanho do mundo 😀
Sansa escreveu:carlabrito escreveu:
PatríciaSFMartins escreveu:Carla,
O Pedro está a fazer esses testes para despiste do TDAH pois há uns tempos atrás criei alguns tópicos sobre a alteração de comportamento dele entre os 6 e os 7 anos que foi uma mudança radical e eu não estava a saber lidar.
Hoje sei que ele “desliga o interruptor” literalmente e só o liga quando o assunto é de seu interesse.
Ainda não temos disgnóstico mas o mais provável é ter défice de atenção.
Um abracinho e espero que consigam lidar com o tema da melhor maneira.Vamos tentar.
Obrigada.
Mas é isso mesmo, é nao saber lidar com o comportamento dele.
Que não é mau. Nada disso.
Mas é diferente e esgotante.
Que vos seja leve também a voces!!Quem não sabe, aprende.
Se efectivamente se confirmar as suspeitas de thda, tens de pôr mãos à obra e ler e aprender e manter uma mente aberta à mudança. Não é um bicho de sete cabeças, mas é preciso que vocês enquanto pais se informem e estejam dispostos a mudar também a forma como mudam com diversas situações e comportamentos. Por exemplo (porque até foi algo que ainda hoje de manhã estive a conversar com uma cliente que tem uma filha adolescente com thda), tens de ter presente que irás ter de repetir várias vezes certas instruções ou pedidos porque eles não assimilam logo à primeira ou à segunda, mesmo que ouçam (e isto é algo que ainda hoje em dia me acontece a mim - dou por mim momentos depois de alguém me dizer a algo a finalmente tomar consciência do que me foi dito), e tens de saber lidar com este facto sem te chateares porque não ajuda ninguém chateares-te. O que eu faço é aproximar-me e pedir à minha filha que olhe para mim e então digo o que tenho a dizer, ou pergunto o que tenho a perguntar. Aprendi a lidar com isto, e ninguém se chateia e não se causa mau ambiente e não me desgasta (já tenho muito com que me desgastar).Isso já acontece atualmente, e eu já faço isso com ele também.
Um dos sinais foi eu precisamente nao perceber como é que ele nao cumpre uma sequencia de tarefas básicas, muito básicas, que se repetem todos os dias. Porque se distrai com um monte de coisas pelo meio.
E nao há um unico dia que ele seja capaz de começar e acabar, a menos que eu lhe dê uma motivaçao que o faça focar-se a 100%. Por exemplo dizer-lhe que se ele fizer essa sequencia de coisas, o deixo ver tablet (ao fim de semana, por exemplo).
Aí, é ver-lo fazeras coisas SUPER bem e super rápido, focado do inicio ao fim.
Aqui está a dificuldade do diagnostico. É mesmo traços de tdha, ou simplesmente despreocupaçao e irresponsabilidade?
Aqui é onde estamos e há que investigar um pouco.
No outro dia estava a estudar com o Pedro porque ia ter teste de Português, fazia a pergunta, dizia-lhe a resposta e logo de seguida voltava a fazer exatamente a mesma pergunta e ele não era capaz de me responder. Foi assim mais de meia de hora até que desisti. Eu sei que isto pode mesmo ser do thda mas ás vezes é muito difícil manter a paciência e eu sei que tenho que trabalhar isso, porque mesmo estando cansada e esgotada depois de um dia de trabalho, o meu filho precisa de mim e do pai e se for mesmo thda ainda mais precisa de nós com paciência.
Só acho estranho a professora não ter tanta razão de queixa dele na escola como eu vejo em casa, mesmo a fazer os tpc, explico e logo de seguida ele não é capaz de fazer. Como pode ele na escola ter boas notas? andou sempre na ordem do bom e alguns muito bom.
Não sendo uma especialista, lido com quem seja, e vim só aqui dizer que os diagnósticos de ADHD não são feitos por médicos, e pediatras e neurologistas pouco ou nada sabem fazer em relação a isso. Tirando medicar, que não é uma solução, nem é o que se pretende.
Um bocadinho como os disturbios do espectro do autismo, o que pode ajudar (até a um firmar do diagnóstico), são terapias, como apoio psicológico ou uma terapia ocupacional, talvez, que lhe dê ferramentas para lidar com a situação (e a vocês, também, para lidar com ele)
"rasgos de" não é nada. Todos temos isso, mais ou menos acentuado.
Mas acho que é importante acompanharem a situação, até para vos dar algum descanço mental.
carlabrito escreveu:Sansa escreveu:
carlabrito escreveu:
PatríciaSFMartins escreveu:Carla,
O Pedro está a fazer esses testes para despiste do TDAH pois há uns tempos atrás criei alguns tópicos sobre a alteração de comportamento dele entre os 6 e os 7 anos que foi uma mudança radical e eu não estava a saber lidar.
Hoje sei que ele “desliga o interruptor” literalmente e só o liga quando o assunto é de seu interesse.
Ainda não temos disgnóstico mas o mais provável é ter défice de atenção.
Um abracinho e espero que consigam lidar com o tema da melhor maneira.Vamos tentar.
Obrigada.
Mas é isso mesmo, é nao saber lidar com o comportamento dele.
Que não é mau. Nada disso.
Mas é diferente e esgotante.
Que vos seja leve também a voces!!Quem não sabe, aprende.
Se efectivamente se confirmar as suspeitas de thda, tens de pôr mãos à obra e ler e aprender e manter uma mente aberta à mudança. Não é um bicho de sete cabeças, mas é preciso que vocês enquanto pais se informem e estejam dispostos a mudar também a forma como mudam com diversas situações e comportamentos. Por exemplo (porque até foi algo que ainda hoje de manhã estive a conversar com uma cliente que tem uma filha adolescente com thda), tens de ter presente que irás ter de repetir várias vezes certas instruções ou pedidos porque eles não assimilam logo à primeira ou à segunda, mesmo que ouçam (e isto é algo que ainda hoje em dia me acontece a mim - dou por mim momentos depois de alguém me dizer a algo a finalmente tomar consciência do que me foi dito), e tens de saber lidar com este facto sem te chateares porque não ajuda ninguém chateares-te. O que eu faço é aproximar-me e pedir à minha filha que olhe para mim e então digo o que tenho a dizer, ou pergunto o que tenho a perguntar. Aprendi a lidar com isto, e ninguém se chateia e não se causa mau ambiente e não me desgasta (já tenho muito com que me desgastar).Isso já acontece atualmente, e eu já faço isso com ele também.
Um dos sinais foi eu precisamente nao perceber como é que ele nao cumpre uma sequencia de tarefas básicas, muito básicas, que se repetem todos os dias. Porque se distrai com um monte de coisas pelo meio.
E nao há um unico dia que ele seja capaz de começar e acabar, a menos que eu lhe dê uma motivaçao que o faça focar-se a 100%. Por exemplo dizer-lhe que se ele fizer essa sequencia de coisas, o deixo ver tablet (ao fim de semana, por exemplo).
Aí, é ver-lo fazeras coisas SUPER bem e super rápido, focado do inicio ao fim.
Aqui está a dificuldade do diagnostico. É mesmo traços de tdha, ou simplesmente despreocupaçao e irresponsabilidade?
Aqui é onde estamos e há que investigar um pouco.No outro dia estava a estudar com o Pedro porque ia ter teste de Português, fazia a pergunta, dizia-lhe a resposta e logo de seguida voltava a fazer exatamente a mesma pergunta e ele não era capaz de me responder. Foi assim mais de meia de hora até que desisti. Eu sei que isto pode mesmo ser do thda mas ás vezes é muito difícil manter a paciência e eu sei que tenho que trabalhar isso, porque mesmo estando cansada e esgotada depois de um dia de trabalho, o meu filho precisa de mim e do pai e se for mesmo thda ainda mais precisa de nós com paciência.
Só acho estranho a professora não ter tanta razão de queixa dele na escola como eu vejo em casa, mesmo a fazer os tpc, explico e logo de seguida ele não é capaz de fazer. Como pode ele na escola ter boas notas? andou sempre na ordem do bom e alguns muito bom.
Eu não sei.
Eu também vejo normal, em parte, quando eles nao se lembram de algo que estao a acabar de aprender. Afinal nao se memoriza assim em minutos uma coisa nova.
No fim de contas eles sao muito pequenos. Nao sao robots.
É como nós em um trabalho novo. Só assimilamos mesmo, depois de dias a trabalhar sempre o mesmo.
Mas em paralelo, quando isto passa já semanas, meses a fio....
E mais que nos estudos, sinceramente desgasta-me muito mais nas tarefas do dia-a-dia.
Pequenas coisas. Andar SEMPRE a repetir tuuuudo.
Isso sim, deixa-nos desgastados e acaba por trazer momentos de tensao, que tambem nao sao bons depois para com os outros filhos, e para a familia em geral.
Na escola, ele é avaliado como sendo "sobre saliente" em várias disciplinas. É o que vem sempre nas notas dele. Significa que está acima da média.
Só que depois vem a coluna do Esforço, e aí vem que o esforço dele é médio.
E em paralelo, tem a parte da hiperactividade, que o faz estar sempre distraído e em pé...
Creio que é esta parte que temos que trabalhar.
(e que nao penso medicar, porque nao me parece necessário)
Não sendo uma especialista, lido com quem seja, e vim só aqui dizer que os diagnósticos de ADHD não são feitos por médicos, e pediatras e neurologistas pouco ou nada sabem fazer em relação a isso. Tirando medicar, que não é uma solução, nem é o que se pretende.
Um bocadinho como os disturbios do espectro do autismo, o que pode ajudar (até a um firmar do diagnóstico), são terapias, como apoio psicológico ou uma terapia ocupacional, talvez, que lhe dê ferramentas para lidar com a situação (e a vocês, também, para lidar com ele)
"rasgos de" não é nada. Todos temos isso, mais ou menos acentuado.
Mas acho que é importante acompanharem a situação, até para vos dar algum descanço mental.
Neste aspeto também estou perdida.
Porque indo à pediatra privada e à neurologista, já sei qual vai ser o resultado.
Aqui onde moramos seguem muito o protocolo, e nao pensam verdadeiramente no que é melhor para as crianças.
Por isso creio que só me vou cansar, perder tempo e dinheiro.
Ainda assim, vou ter que começar por algum lado, mesmo que depois eu decida outra direçao.
(Eu, significa nós, os pais).
Obrigada pelos conselhos.
Não sendo uma especialista, lido com quem seja, e vim só aqui dizer que os diagnósticos de ADHD não são feitos por médicos, e pediatras e neurologistas pouco ou nada sabem fazer em relação a isso. Tirando medicar, que não é uma solução, nem é o que se pretende.
Um bocadinho como os disturbios do espectro do autismo, o que pode ajudar (até a um firmar do diagnóstico), são terapias, como apoio psicológico ou uma terapia ocupacional, talvez, que lhe dê ferramentas para lidar com a situação (e a vocês, também, para lidar com ele)
"rasgos de" não é nada. Todos temos isso, mais ou menos acentuado.
Mas acho que é importante acompanharem a situação, até para vos dar algum descanço mental.
Boa tarde,
Então quem é que faz o diagnóstico?
Boa noite Carla,
Não li nada do que está para trás (também tenho PHDA :D) mas achei que podia dar o meu contributo. Eu tenho PHDA (diagnosticada na infância) e sou super diferenciada no meu trabalho (ironia do destino, trabalho com criançada com PHDA). Como sou mulher, a parte escolar nunca sofreu por aí além: era 'só' distraída e conversadora, tinha 'mais competências do que aquelas que mostrava', por aí fora. Só na faculdade é que comecei a sentir dificuldades académicas (e mesmo assim, nada que ajustar os meus métodos de estudo não resolvesse), embora agora na vida adulta os sintomas me causem muito mais transtorno. Nunca estive medicada, embora já tenha pensado nisso.
O meu filho mais velho tem PHDA. Cumpria todos os critérios aos cinco anos, tinha cotação máxima no Conners. Nunca o mediquei, embora tenha pensado nisso. Como ele é rapaz já é diferente claro, já é 'mal-educado porque não fica sentado' ou 'impulsivo'. Tivemos a sorte de ter um professor da primária sensível e homem, e tudo fluiu de uma forma tão incrível que o miúdo já nem cumpre critérios, tem só um ligeiro défice de atenção mas nada que afecte a vida dele ou a nossa. Isto para dizer que sim, eles também mudam, crescem, amadurecem. Antigamente achava-se que a PHDA 'curava-se' com o crescimento por ser uma questão de desenvolvimento do córtex pré-frontal, hoje já se sabe que não é nada disso mas efectivamente o meu filho mais velho encontrou estratégias para conseguir funcionar melhor (em conjunto com o professor na sala de aula e connosco em casa).
Não acho que fazer o diagnóstico seja assim tão importante. No nosso caso era obrigatório porque é literalmente o que eu faço, mas não nos trouxe nada de vantajoso. No fundo o importante foi saber as dificuldades do meu filho e ajudá-lo da melhor forma, independentemente da abordagem farmacológica (que não é nenhum bicho) ou não.
Vou ser sincera, à parte o nível de inteligência que de facto se calhar está acima da média, todo o resto me parece normal para o que é ser criança. Por exemplo o não se conseguir concentrar mas no que gosta já conseguir, então é porque consegue, mas precisa estar interessado... O não parar, a meu ver faz parte, dantes tinhamos todos bichinhos carpinteiros, agora temos todos hiperatividade?... Eu entendo que quermos fazer o melhor por eles, mas no caso se tudo parece potenciado pela "energia" a mais, que tal implementar algumas atividades que o puxem para o outro lado da força como uma rotina de medicação, mindfullness... Às vezes só precisamos de lhes ensinar que existem modos de também cultivar a calma, porque naturalmente a criança traz a agitação. Tudo isto para dizer o mais claro que consigo, ele está a ser normal, tu é que já estás farta XD
Vou ser sincera, à parte o nível de inteligência que de facto se calhar está acima da média, todo o resto me parece normal para o que é ser criança. Por exemplo o não se conseguir concentrar mas no que gosta já conseguir, então é porque consegue, mas precisa estar interessado... O não parar, a meu ver faz parte, dantes tinhamos todos bichinhos carpinteiros, agora temos todos hiperatividade?... Eu entendo que quermos fazer o melhor por eles, mas no caso se tudo parece potenciado pela "energia" a mais, que tal implementar algumas atividades que o puxem para o outro lado da força como uma rotina de medicação, mindfullness... Às vezes só precisamos de lhes ensinar que existem modos de também cultivar a calma, porque naturalmente a criança traz a agitação. Tudo isto para dizer o mais claro que consigo, ele está a ser normal, tu é que já estás farta XD
Carla, pelo que relata é difícil tirar conclusões. Tanto pode ser tudo normal como não o ser. Não sei até que ponto um diagnóstico oficial trará vantagem na vida do Henrique. Chegámos a ter suspeitas com a minha filha tendo optado por não medicar contra a opinião médica. Agora é uma adolescente normal, arranjou as suas estratégias, tem boas notas, nada diferente das colegas. Valorize, desvalorizando. O diagnóstico apra crianças com uma vida perfeitamente funcional não é assim tão importante, é ir lidando com as características e arranjando estratégias e esperar que a maturidade faça o seu trabalho.
Vou ser sincera, à parte o nível de inteligência que de facto se calhar está acima da média, todo o resto me parece normal para o que é ser criança. Por exemplo o não se conseguir concentrar mas no que gosta já conseguir, então é porque consegue, mas precisa estar interessado... O não parar, a meu ver faz parte, dantes tinhamos todos bichinhos carpinteiros, agora temos todos hiperatividade?... Eu entendo que quermos fazer o melhor por eles, mas no caso se tudo parece potenciado pela "energia" a mais, que tal implementar algumas atividades que o puxem para o outro lado da força como uma rotina de medicação, mindfullness... Às vezes só precisamos de lhes ensinar que existem modos de também cultivar a calma, porque naturalmente a criança traz a agitação. Tudo isto para dizer o mais claro que consigo, ele está a ser normal, tu é que já estás farta XD
Escrevi um comentário, mas nao sei o que se passou que nao saiu nada.
Mas tens razao!
É que estou mesmo cansada.
Ando a fazer um esforço enorme porque o miudo abre a boca e começa a debitar! Que é bom, por um lado é muito bom que ele tenha interesses, mas nem ele respira e quase nem me deixa responder
E tens razao em tudo.
Encontrar estratégias para o ajudar a "acalmar" e a canalizar a energia.
Tenho falado muito com o professor, mas da parte deles também nao podem fazer muito mais neste momento.
Preciso de encontrar um especialista, ouvir e tirar conclusoes.
Carla, pelo que relata é difícil tirar conclusões. Tanto pode ser tudo normal como não o ser. Não sei até que ponto um diagnóstico oficial trará vantagem na vida do Henrique. Chegámos a ter suspeitas com a minha filha tendo optado por não medicar contra a opinião médica. Agora é uma adolescente normal, arranjou as suas estratégias, tem boas notas, nada diferente das colegas. Valorize, desvalorizando. O diagnóstico apra crianças com uma vida perfeitamente funcional não é assim tão importante, é ir lidando com as características e arranjando estratégias e esperar que a maturidade faça o seu trabalho.
Como é que ela "arranjou as suas estratégias"?
Sozinha?
Que conseguiram vocês fazer para a ajudar?
Foi através de algum especialista?
Desculpe tantas perguntas, mas a minha dúvida é encontrar A pessoa certa para arrancar!
Olá Carla, penso que um bom psicólogo/a vos pode orientar após uma avaliação cuidada e cautelosa.
Que avaliou o Henrique? Um psicólogo/a? Para determinar capacidades acima da média para a faixa etária é necessária uma avaliação psicológica cuidada, a criança é submetida a testes e os resultados colocam-na num percentil que o determina. Essa avaliação produz depois uma série de ajustes entre escola, casa e família.
No teu lugar procuraria um psicólogo/a, essa energia e capacidades podem só não estar a ser canalizadas devidamente.
Boa sorte!
Olá Carla, penso que um bom psicólogo/a vos pode orientar após uma avaliação cuidada e cautelosa.
Que avaliou o Henrique? Um psicólogo/a? Para determinar capacidades acima da média para a faixa etária é necessária uma avaliação psicológica cuidada, a criança é submetida a testes e os resultados colocam-na num percentil que o determina. Essa avaliação produz depois uma série de ajustes entre escola, casa e família.
No teu lugar procuraria um psicólogo/a, essa energia e capacidades podem só não estar a ser canalizadas devidamente.
Boa sorte!
Olá.
Na própria escola têm psicologos entre outras especialidades.
Fizeram testes psicopedagógicos.
Posso descrever os testes que fizeram.
Foram duas provas distintas, em que foram avaliados, o Henrique por observaçao direta, entrevista pessoal ao Henrique, entrevista a todos os seus professores, entrevista + questionario de 200 perguntas aos pais.
Na primeira prova fizeram os seguintes testes
- Wisc-IV (escala de inteligencia de Wechsler para crianças)
- Matrizes progressivas de Raven (CPM)
- Cria. Inteligencia criativa
- IGF-2 (Inteligencia geral factorial)
Na segunda prova:
- Wisc-IV
- Teste caras-R
- Questionario EDAH
- Questionario do sistema de avaliacao de crianças e adolescentes (SENA)
- PROLEC-R: Bateria de avaliaçoes dos processos leitores.
Cada prova tem um relatório de 5-6 páginas. Explicam tudo e vê-se que é muito completo.
Já tenho consulta marcada para uma médica à qual ele foi quando tinha 4 anos e me preocupava a questao do Espanhol, e gostei mesmo muito dela, porque me pareceu sensata.
A consulta é só daqui a duas semanas, assim que ainda temos que esperar.
Sinceramente, eu também acho que é só essa questao da energia mal canalizada, mas eu já estou numa fase tão grande de cansaço que preciso de ajuda.
Tenho andado a pensar em coisas que posso mudar para o ajudar, mas é um dia de cada vez.
Há dias que ele está mais receptivo que outros. Outros dias que sou eu que tenho que o abordar de maneira diferente.
Por outro lado tenho a Gabriela, que do meu ponto de vista é MUITO mais inteligente que ele. Mas assim a anos-luz.
A miúda é mesmo uma máquina.
Só que é mais fácil de lidar com ela porque, por um lado é mais pequena e é mais fácil de moldá-la (é como que o Henrique saiu do armário mais tarde que o normal), e por outro lado é muito mais focada nas coisas, o que a torna mais calma.
Mas vamos.... a aconteceram estas coisas, o melhor é que seja nesta idade. Se fosse mais perto da adolescencia, seria ainda pior.
Um dia de cada vez.