Boa tarde,
Sou mamã de uma princesa linda de 4 anos... tenho 27. Nos primeiros dois anos como me separei mal ela nasceu e tive que lutar para lhe dar o que ela precisava sozinha nunca tive muito tempo para pensar se estaria a ter algum problema psicologico ou não, o instinto de sobrevivência falou mais alto, acho. Mas depois do seu 3º aniversário tudo mudou. Adicionando coisas da vida que me correram bastante mal, acho que comecei a sentir a minha cabeça a abrandar de uma forma assustadora. Tenho muita consciência do meu eu interior e por isso é que sinto que algo não está bem. Comecei a não me importar. Há dias que não quero sequer sair da cama e que se não fosse a minha mãe a cuidar da pequena.. irrito me e choro facilmente. Sinto me derrotada, sem vontade de mexer um dedo, chego a não sentir nada e a pensar que o melhor seria entregá-la ao pai e que seria melhor para ela. Não tenho muito apoio nesta questão, a minha mãe e irmã não compreendem e julgam, eu também não consigo explicar.. só queria estar bem, normal, olho para trás e não encontro em mim aquela mulher que lutou pela filha e para lhe poder dar o que precisava sem nunca baixar os braços. Isto pode ser depressão pós parto de uma forma tardia?
Obrigada

Bom dia Kristal,
É difícil que quem não passa por uma depressão consiga compreendê-la.
Em princípio, essa depressividade poderá estar associada à dificuldade em gerir emocionalmente os momentos após o parto, porque, pelo que me descreve, não teve disponibilidade emocional e tempo para o fazer, já que teve que criar prioridades e focar-se no que era extremamente necessário: providenciar à sua bebé os cuidados e espaço afectivo que ela necessitava. E isso não lhe deixou tempo para fazer a reorganização necessária a uma recém-mamã e fazer um luto importante: o da sua relação. Agora que a menina está mais crescida e mais autónoma, esse tempo e espaço voltaram a aparecer e finalmente você teve tempo de olhar para si e não se reconheceu…
Sugiro que vá à procura de si. Por muito difícil que lhe pareça neste momento, tente contrariar, tudo o que não consegue e não lhe apetece fazer. Obrigue-se a sair da cama e fazer algo que lhe dê prazer, participe nos cuidados à sua filhota, Comece pelas pequenas coisas que identifica como prejudiciais nesta nova Kristal que encontrou e comece a reorganizar-se caminhando no sentido de uma nova mulher. Agora, não esteja à procura da mulher antiga, porque essa está no passado. Olhe para o futuro. Recupere em si os traços antigos de que gostava e encontre novos que lhe façam sentido para uma Kristal melhor e renovada. E acredite que vai conseguir!!
Essa sua consciência de si que fala, ao que chamamos capacidade de insight, de se ler a si própria, é algo muito benéfico e uma ferramenta essencial para um bom processo terapêutico, para o qual penso que possa beneficiar de um psicólogo ou psiquiatra, que lhe dê algum suporte no caminho da recuperação.
Felicidades!
Mais perguntas
Bom dia Dra. É o seguinte. Há anos que sofro com dores nas costas constantes as quais sinceramente nem me queixei . Há um ano foi me diagnosticado lombalgia. Lordose. Disco pária degenerativa na lá s1. Hérnia de disco. Há um mês intensificou se com um espasmo na coluna.. na segunda feira fui surpreendida por um espasmo com muita dor.quando me levantei da cama. Liguei para o hospital e mandaram me passar lá. Os exames de sangue estavam bem. Pela manhã notei desinteresse por parte médica e uma insinuação de que eu não tinha absolutamente nada. Decidi voltar para casa pois achei que tomar analgésicos que não melhoraram lá ou em casa seria o mesmo. Meu marido falou com os médicos e disse que tínhamos discussões entre o casal. Tomaram o meu caso como psicológico. Ontem fui ao médico de família que me tratou desrespeitadamente. Não me subscreve a um neurologista. Não me fazem exames raio x. Ressonância magnética. No entender dele tudo não passou de uma simulação minha. Ainda acrescentou que a doença de crohn que o meu marido tem é psicológica.
A minha pergunta é : é possível o meu problema de saúde ser do foro psíquico?
Obrigada
Boa noite,
acho que estou a ficar com depressão na gravidez. Estou com 32 semanas e há uns tempos para cá comecei com crises de choro fácil quando falo de assuntos que um dia me trouxeram problemas que tive de pedir apoio psicologico mas que passaram com uma valeriana. Agora ando com medos, ansiedades e tem dias que so me apetece chorar. Falei com meu médico de familia mas diz que não me pode dar nada que tenho que ultrapassar. Se falo com alguém ca em casa desses medos vão ficar pior que eu e em vez de me ajudar vai ser o caos. De repente tenho medo de ter complicações no parto e não sobreviver. Para ajudar uma prima teve um parto muito complicado ha 15 dias esteve mesmo a morrer devido a uma hemorragia. Parece que é tudo a ajudar.
Sempre que penso nisso choro, choro nunca tive tanto medo de morrer como agora, nem quando tive um acidente e ninguém esperava que reagisse bem. Agora até o fantasma desse dia aparece. Já não sei que fazer...
Minha esperança é que nos proximos dias meu marido vai estar de férias e quando ele esta comigo sinto-me melhor como se ele me protegesse embora eu saiba que isso não está nas maos dele...
Já não sei que fazer isto não faz bem a mim nem ao bébé que foi tão desejado e planeado, agora ate medo de depressão pos parto tenho estou a ficar paranoica...
Haverá alguma forma "segura" de mandar estes "fantasmas " embora e poder viver minha gravidez em paz?
Boa noite.
Tenho 2 filhos, uma de 18 meses e outro de 5 anos.
Eu e o pai das crianças vamos-nos separar. É uma separação amigável e optamos pela guarda partilhada. A minha dúvida prende-se com qual a melhor altura para contar ao filho mais velho. Sou eu quem vai sair de casa, já em agosto. O menino vai para casa da avo 1 semana para não assistir as mudanças. Estava a pensar contar-lhe quando ele regressar. Mas questiono-me: ele não se vai sentir enganado quando chegar a casa e perceber que fiz as mudanças na ausência dele? Quando falo em mudanças falo em levar algumas coisas lá de casa, inclusive o quarto dele.
Agradeço a sua opinião.
Obrigado
Juca