Descobri que estou grávida de 6 semanas, mas nestes últimos tempos tenho sentido muito sozinha. O meu marido e família dão me muito apoio mas falta-me algo mais. Falta-me amigas(os) com quem possa desabafar e partilhar todos os meus momentos. Há dias em que sinto-me muito deprimida por não ter com quem conviver. No meu trabalho não tenho colegas com quem posso falar, porque trabalho sozinha (freelancer). E nesta fase da minha vida gostava de poder viver mais a minha gravidez e receio que não consiga.
Sei que ainda é cedo, mas eu olho para as roupas de bebe e não sinto grande interesse em ver coisas para o meu futuro bebe. Sinto-me culpada por não sentir interesse pelo meu bebe!
Eu já passei por momentos muito complicados no passado; tive depressão mas ficou estabilizada já há 8 anos para cá. Apesar de ter tido a um ano atrás, uma crise com um problema grave de familia, eu consegui estabilizar-me sem medicação. Desde que soube da gravidez, não sei bem o que se passou mas tenho tido muitos momentos de muita tristeza, desanimo e solidão.
Posso estar atravessar por uma crise que possa desencadear a depressão na gravidez? Obrigada

Tem razão, é cedo. A gravidez não tem necessariamente que ser vivida logo de forma intensa e isso não quer dizer que não tenha interesse, há-de ter no seu tempo, adequado ao SEU processo psicológico da gravidez, sendo que este é diferente de mulher para mulher. É uma mudança enorme na sua/vossa vida pelo que precisa de tempo para processar o seu significado.
Agora, se não se sente bem, porque não fazer algumas mudanças? Comece por pegar em toda a sua auto-análise e tentar perceber no seu dia-a-dia como contrariar esses sentimentos negativos. Foque-se nas pessoas que tem a seu lado e que lhe dão apoio. Procure atividades novas, que podem ou não ser relacionadas com a gravidez. Procura fazer aquelas pequenas coisas que dão tranquilidade. Falar com outras mamãs pode também ajudar a perceber que o que sente é normal e que não está sozinha nesta nova aventura.
O ter conseguido ultrapassar esses momentos difíceis, sem recurso a medicação, só me diz que tem uma grande força interior e que será certamente capaz de superar qualquer obstáculo. Isso não invalida que hajam momentos em que se sinta mais fragilizada… e gravidez é isso, um misto de fragilidades e de forças, de alegrias, medos, desconfortos e incompreensões. É um momento novo e confuso, com alterações hormonais que influenciam e em muito o estado emocional. Se essa tristeza pode evoluir para uma depressão, poderá…mas se passou por um momento certamente bem mais complicado e conseguiu estabilizar-se, será que agora não conseguirá? De qualquer maneira, porque não tentar falar com um psicólogo? Pode pedir apoio através do seu médico de família, que poderá ajudar a que perceba os mecanismos da gravidez e trabalhar essas questões que a afligem.
Está ainda numa fase muito precoce da gravidez, com o crescimento da barriguinha e com o passar das etapas de desenvolvimento do seu bebé também em si hão-de crescer os tais sentimentos e desejo que nesta fase ainda se está a desenvolver. Deixe o tempo fazer o seu trabalho…viva cada momento sem culpas, mas dê-lhe (e caso precise procure) uma ajuda!
Felicidades!
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Bom dia
Eu e o meu marido não nos entendemos na educação dos miúdos. Especialmente no que toca a tecnologias.
Costumo dizer que as crianças estão sempre alertas. Aprendem rapidamente os comportamentos dos pais e imitam-nos.
Sou muito rígida no que toda a Regras (palavra proibida em minha casa pelo meu marido). Mas tenho sempre uma organização de tudo o que tenho de fazer e apesar de tudo estar escrito e afixado (ementas semanais, data dos testes, etc.) eu defino prioridades mentalmente, entre jantares, banhos e tpc´s. Rotinas atípicas porque todos os dias há coisas diferentes e prioridades diferentes. Mas é inútil ainda assim pois sou a única que me esforço para que o final do dia seja calmo, quer para nós quer para eles. Mas está a ser absolutamente impossível. Sozinha tentei criar uma formula de controlo para que tudo funcionasse melhor, já que sou eu que defino as prioridades e sou eu que as tenho de ajustar diariamente. Retirei todas as tv dos quartos e cozinha, escondi os tablet e comandos das consolas assim como as próprias consolas. Isto porque eu também cedo quando traquejo. Mas as coisas pioraram pois é o próprio pai que passou a usar o tlm ou o tablet na frente das crianças e a hora da refeição, e quando estamos todos juntos na sala, ele é o único que não convive pois está de phones ligados a um dos seus equipamentos. Já tentei falar mas acabamos sempre a discutir. Falei lhe em terapia familiar e gerei uma discussão que nunca tinha presenciado. Peço lhe que leia artigos sobre crianças e como educa-las, como nos devemos comportar enquanto pais, mas ele acha que eu que eu é que estou a criar um problema. Enquanto isso o nosso filho tem muitas negativas e problemas de comportamento. Ele da-lhe tareia pois diz que ele com palavras já não vai lá. O menino detesta a escola e esta prestes a chumbar pela 2 vez. Já foi seguido por psiquiatras e psicólogos. Tomou medicação. Mas acabamos por cessar a medicação já que a psicóloga diagnosticou uma irregularidade afectiva. Já não consigo falar com o menino, pois ele prefere o pai apesar de saber que depois leva tareia, consegue falar com ele e o pai deixa o usar os equipamentos dele ou deixa o estar na sala a ver o que quer enquanto o pai usa os phones. Optei por desistir e ... viro as costas. Não janto e deito me!
Como devo proceder? Perdi as esperanças!
Boa tarde,
Precisava de alguma orientação nesta fase da minha vida.
Apenas uma pequena introdução para as questões em que preciso de ajuda.
Tive uma relação de 6 anos, desde que o meu filho nasceu, aconteceram traições por parte do meu ex, que após várias tentativas de reconciliação, para mim não estava a ser nada fácil confiar novamente, pois também achava que ele se arrependia por pouco tempo porque voltava a ter as mesmas atitudes que indiciavam que me estava a trair novamente. A última conseguiu mesmo acabar com a nossa relação. Ela era casada, era minha conhecida e eles começaram uma relação mesmo antes de estarem separados. Ele saiu de casa em Outubro 2015, em Janeiro já estavam a viver juntos, e quando era fim de semana de ficar com o nosso filho ele ia para casa dos pais com o menino. Desde Março que ele anda a tentar que ele durma em casa deles. Para mim, não está a ser nada fácil. Primeiro foi a humilhação de eles se terem envolvido, e ter que lidar com isso. Depois é a questão de ver o meu filho a dormir no meio deles quando vai para casa deles. Sempre que tento manter a cordialidade, estas coisas passam-me pela cabeça e fico com raiva. e custa-me. Vou ser sincera. O meu filho cada vez mais começa a fazer perguntas. inclusive a semana passada, em conversa disse-me que ela era mãe dele. Tudo isto tem sido desgastante. e não consigo sequer falar com ele sobre estas questões.
O que posso fazer para me manter saudável mentalmente? Como acham que deveria ser as minhas abordagens com o pai do meu filho? Como conseguir ver o meu filho ao lado de 2 pessoas que me enganara?
Muito obrigado
Bom dia,
depois que descobri que estou grávida pela segunda vez, comecei a pensar em certas coisas, e isso está a deixar-me atormentada, como por exemplo, desistir de tudo e sumir com meus filhos, pedir as contas no serviço, em me matar. Não tenho ajuda do pai, são pais diferentes, ele parece não aceitar tudo isso.
Eu não sei o que fazer, se isso pode ser depressão ou outra coisa, procurei meios de ver o que era, terapia entre outras coisas, mas parece que nada funciona.
Eu realmente preciso de ajuda e não sei o que fazer.
Boa tarde.
Tenho 26 anos e estou na minha primeira gravidez.
Não sei bem como expor a situação pois é uma série de coisas e sinto-me doida.
Sempre fui uma pessoa muito ansiosa e sofro de ataques de pânico. Já fiz medicação algumas vezes, já fiz psicoterapia e já fiz sessões num grupo de pânico. A juntar a isto o meu estado de espírito sempre foi um pouco depressivo e no ano passado fiz cerca de 5 meses a fluoxetina 20mg.
Estou casada há 7 meses, e desde que casei que muitas coisas mudaram na relação. Surgiram as rotinas, deixou de haver "loucura", o meu apetite sexual começou a baixar etc. Entretanto em Dezembro engravidei e estou de 12 semanas. Apesar de ter sido planeado, pois deixei de tomar a pílula por vontade própria (parei a pílula e também a fluoxetina, sem desmame), assim que deixei engravidei logo e acabou por ser um choque. Fiquei feliz quando soube e o pai também mas o que é certo é que não tenho sabido lidar bem com a gravidez. Tenho muitos enjoos, azia, pernas cansadas, dores na coluna e tudo isto (que eu sei que é normal) não me deixa estar bem com nada, já para não falar de todas as alterações hormonais (choro constante, borbulhas na cara) e das insónias e pesadelos que tenho todas as noites. E isto também deve estar associado ao meu estado depressivo que já tinha.. não sei.
A tudo isto juntou-se a minha relutância de ser tocada, os abraços, beijos e intimidade com o meu marido tem estado fora de questão. Toda esta salgalhada de sentimentos negativos psicológicos e físicos esta a prejudicar o meu casamento. Ele está desmotivado e eu não consigo sorrir com nada. Coloco tudo em questão. Penso que isto é uma dádiva pois tanta gente quer engravidar e não consegue mas eu por vezes dou por mim a pensar que foi um erro. Não quero que ninguém me diga nada, não quero que toquem na minha barriga, não tenho vontade de estar com as pessoas, nem sequer telefonar. Só quero estar isolada de tudo e todos e que ninguém me incomode. Estou a prejudicar tudo à minha volta: trabalho, casamento, família e amigos.
Sinto-me doente mentalmente e não sei o que fazer.
Obrigada por ler este desabafo.
Boa tarde!
Tenho 31 anos, quase 32. Chego aquela idade que tenho que pensar ou tenho um filho já ou nunca mais tenho (para não ter gravidez de risco).
Acontece que, pelo que tenho lido (livros, fóruns, etc), existe algumas coisas que me assustam uma das quais o facto de se engordar na gravidez (engordar muito, aumento apetite, etc)
Eu com 7 anos era uma criança gordinha, mas sofri de bullying e passado um ano estava muito esquelética, sofri de anorexia nervosa na adolescência e, hoje em dia, a minha relação com a comida não é satisfatória.
O que faço para me ajudar a mim própria?
Olá, sou marido, tenho 46 anos de idade, 2 filhas (uma de 20 e outra de 12 anos) com a mesma mulher com a qual sou casado a 21 anos. Não queria mais filhos, não estava em meus planos ter mais filhos e a minha mulher, sabendo da minha decisão, agora me comunicou que está grávida de 6 semanas. Não estou conseguindo assimilar isso. Estou triste, revoltado, desanimado e com muita raiva dessa situação. Ela me enganou e ficou grávida mesmo sabendo de todas as minhas restrições em ter filhos. Não estou preparado, nem psicológica e nem financeiramente para ter mais filhos a esta altura da minha vida. Queria uma velhice tranquila, passear, viver um pouco a minha vida, pois sacrifiquei muito a minha juventude para estudar, me formar, ajudar minha esposa financeiramente nos seus negócios, criar minhas 2 filhas dando-lhes muito amor, carinho, amizade e educação. Queria agora viver um pouco a vida: estudar, viajar e realizar um poucos os meus sonhos. Sei, por experiência, que agora TUDO vai mudar, terei que trabalhar ainda mais para dar a esta criança o que ela precisa. Fico pensando que quando eu tiver 62 anos, ela será um adolescente de 15 anos e totalmente dependente de mim para educá-la. Não estou conseguindo dormir direito, trabalhar direito, viver direito. Não consigo nem olhar direito para a cara da minha esposa. Sinto-me traído, irresponsável, revoltado e um misto de sentimentos. Não queria começar de novo toda a trajectória dura e de sacrifício de criar bem um filho, não queria isso, não me sinto preparado para tal empreitada. Não sei o que faço. Por favor me ajudem!