Boa tarde,
Descobri que estou grávida há cerca de uma semana e sinto-me desesperada. Estou numa relação de quase 11 anos e fui adiando a gravidez, embora sabendo que era o desejo dele. Engravidei por erro meu e só meu, e agora não sei o que fazer. Tenho 36 anos e todos dizem que se quero ser mãe é a idade ideal mas eu não me sinto preparada. Só choro, não durmo, não como. Quero sair deste pesadelo. Tenho consulta de IVG agendada, preciso de falar com alguém. Sinto-me sozinha. Não posso falar com o meu companheiro, ele acha que eu estou feliz, embora não sorria. Se for adiante com o aborto, vou mentir-lhe e dizer-lhe que foi espontâneo, mas ele vai saber. Os meus olhos não enganam.
Tenho muito medo de avançar com esta gravidez, de me odiar de tão gorda que vou ficar, do corpo com estrias, não estou disposta a fazer sacrifícios para ser mãe. Sou muito egoísta. Só quero ter paz.
Por favor ajudem-me.

Bom dia,
É uma situação difícil...o decidir ou não manter uma gravidez quando não se idealiza a maternidade... Há que equacionar todas as questões inerentes em ordem a conseguir tomar uma decisão, mas tendo sempre presente que seja qual for o caminho, nunca irá sentir essa decisão como certa...é pensar nela como a melhor decisão possível neste momento da sua vida...
A idade ideal para ser mãe não existe. Nem a idade, nem o momento. Pode ser programado ou pode acontecer sem se esperar e aí surgem as grandes duvidas. E as grandes decisões!
Agora, é tentar perceber se ser mãe é algo a que aspira ou não. Nem todas as mulheres têm que ter filhos. Não se não o desejarem...e não é justo que sejam culpabilizadas por isso! É o seu corpo, a sua vida e por isso a sua decisão!
Mas porque não falar com o seu companheiro e expor o que está a sentir? Não tem que fingir que esta feliz se não estiver!
Veja dentro da sua rede de suporte e fale também com alguém de confiança, que a conheça bem e que à luz disso lhe possa dar uma opinião.
E independentemente da sua escolha, não se esqueça que não está sozinha...
Há que olhar para dentro de si e tentar perceber o que é que lhe faz sentido. E isso sim será a decisão certa!!
Mais perguntas
Bom dia Dra. É o seguinte. Há anos que sofro com dores nas costas constantes as quais sinceramente nem me queixei . Há um ano foi me diagnosticado lombalgia. Lordose. Disco pária degenerativa na lá s1. Hérnia de disco. Há um mês intensificou se com um espasmo na coluna.. na segunda feira fui surpreendida por um espasmo com muita dor.quando me levantei da cama. Liguei para o hospital e mandaram me passar lá. Os exames de sangue estavam bem. Pela manhã notei desinteresse por parte médica e uma insinuação de que eu não tinha absolutamente nada. Decidi voltar para casa pois achei que tomar analgésicos que não melhoraram lá ou em casa seria o mesmo. Meu marido falou com os médicos e disse que tínhamos discussões entre o casal. Tomaram o meu caso como psicológico. Ontem fui ao médico de família que me tratou desrespeitadamente. Não me subscreve a um neurologista. Não me fazem exames raio x. Ressonância magnética. No entender dele tudo não passou de uma simulação minha. Ainda acrescentou que a doença de crohn que o meu marido tem é psicológica.
A minha pergunta é : é possível o meu problema de saúde ser do foro psíquico?
Obrigada
Boa noite,
acho que estou a ficar com depressão na gravidez. Estou com 32 semanas e há uns tempos para cá comecei com crises de choro fácil quando falo de assuntos que um dia me trouxeram problemas que tive de pedir apoio psicologico mas que passaram com uma valeriana. Agora ando com medos, ansiedades e tem dias que so me apetece chorar. Falei com meu médico de familia mas diz que não me pode dar nada que tenho que ultrapassar. Se falo com alguém ca em casa desses medos vão ficar pior que eu e em vez de me ajudar vai ser o caos. De repente tenho medo de ter complicações no parto e não sobreviver. Para ajudar uma prima teve um parto muito complicado ha 15 dias esteve mesmo a morrer devido a uma hemorragia. Parece que é tudo a ajudar.
Sempre que penso nisso choro, choro nunca tive tanto medo de morrer como agora, nem quando tive um acidente e ninguém esperava que reagisse bem. Agora até o fantasma desse dia aparece. Já não sei que fazer...
Minha esperança é que nos proximos dias meu marido vai estar de férias e quando ele esta comigo sinto-me melhor como se ele me protegesse embora eu saiba que isso não está nas maos dele...
Já não sei que fazer isto não faz bem a mim nem ao bébé que foi tão desejado e planeado, agora ate medo de depressão pos parto tenho estou a ficar paranoica...
Haverá alguma forma "segura" de mandar estes "fantasmas " embora e poder viver minha gravidez em paz?
Boa noite.
Tenho 2 filhos, uma de 18 meses e outro de 5 anos.
Eu e o pai das crianças vamos-nos separar. É uma separação amigável e optamos pela guarda partilhada. A minha dúvida prende-se com qual a melhor altura para contar ao filho mais velho. Sou eu quem vai sair de casa, já em agosto. O menino vai para casa da avo 1 semana para não assistir as mudanças. Estava a pensar contar-lhe quando ele regressar. Mas questiono-me: ele não se vai sentir enganado quando chegar a casa e perceber que fiz as mudanças na ausência dele? Quando falo em mudanças falo em levar algumas coisas lá de casa, inclusive o quarto dele.
Agradeço a sua opinião.
Obrigado
Juca