Boa tarde, o meu nome é Maria e sofro de crises de ansiedade/pânico há cerca de 10 anos. Ao longo deste tempo sempre tive acompanhamento psiquiátrico (tomava alprazolam e efexor e sempre que estava medicada, conseguia estabilizar os ataques de pânico).
Paralelamente, comecei a fazer psicoterapia que, apesar de ajudar, até agora não foi o suficiente para uma remissão total do problema, que parece voltar sempre que interrompo a medicação.
Neste momento estou a pensar engravidar e tenho muito medo de não conseguir evitar tomar medicação (continuo a tomar meio alprazolam 0.5 à noite).
A minha pergunta, já que existem inúmeras opiniões divergentes que me deixam confusa, é a seguinte: a gravidez e este tipo de medicação (anti-depressivo e/ou ansiolítio) são totalmente incompatíveis?
Assim, sendo, alguém que sofra deste distúrbio do pânico não poderá equacionar a hipótese de ser mãe?
Agradeço desde já a sua resposta.
Melhores cumprimentos,
Maria

Boa noite!
Seria muito injusto que mulheres com patologia do fôro psiquiátrico se vissem por isso privadas de construir o seu núcleo familiar e deixassem de cumprir algo que as deixaria mais realizadas.
Depressão e ansiedade são quase a epidemia do século, não devem ser ignoradas ou desvalorizadas e precisam de tratamento. E o tratamento pode curar. A grávida ideal é a mulher saudável que não toma qualquer medicação. No entanto, nos nossos dias isso é quase impossível e no caso da depressão e ansiedade muitas vezes não é viável esperar pelo fim da terapêutica para prosseguir a vida, nomeadamente um projecto de ter filhos.
Assim, há alguns medicamentos usados nestes casos que podem cursar com uma gravidez normal, com um normal desenvolvimento do feto. O que há a fazer é manter acompanhamento psiquiátrico, haver comunicação entre o GO e o psiquatra, para em primeiro lugar adaptar a medicação à nova situação, acompanhar a forma como a grávida vive a sua gravidez e como isso influencia a patologia existente, e apoiá-la no pós-parto porque geralmente é mais susceptível de fazer a chamada depressão pós-parto.
Há patologias psiquiátricas mais graves e necessitando de terapêutica com mais riscos para o feto e para a qual não há alternativas mais inócuas; nesses casos tem-se sempre que pesar de um lado os benefícios e do outro os riscos e acredite que as decisões são sempre bem ponderadas. Mas o que será melhor para o bebé, nestes casos? Ao nascer encontrar uma mãe equilibrada e preparada para o receber, ou uma mãe em fase de descontrolo e incapaz de cuidar do filho? Nestes casos mais "pesados" há riscos mas são sempre medidos, calculados, e sobretudo mantem-se uma vigilância mais apertada.
Bom, tudo isto para lhe explicar que a medicação para a depressão e ansiedade pode quase equivaler à de uma constipação, quando comparada com a terapêutica para uma patologia psiquiátrica mais grave que seria equivalente...a uma gripe complicada de pneumonia! São coisas que acontecem, certo?...E a sua GO lá estará para a acompanhar e decidir o que será melhor!
Espero que corra tudo bem consigo!
Mais perguntas
Tenho 34 anos há 8 anos que tomo cerazzete, durante estes 8 anos não tive menstruação. No dia 9 de junho, deixei a pílula e sem pausas fui logo a os treinos. Só que agora vai ser mais incerta a situação...será que o meu corpo ainda não estabilizou, ou será que estou grávida???. Obrigada
Bom dia. Fiz a ecografia com 29 semanas e 5 dias a médica disse que tinha a fluxometria das artérias uterinas com IP médio acima do percentil 95 para a IG, mas sem incidirá bilateral. A médica disse que era por causa da tensão. Gostaria de saber se é possível explicar-me o que significa e quais os riscos para a bebé. Com os meus agradecimentos
Bom dia,
Chamo me Alda tenho 39 anos e estou de 6 semanas.
Este fim de semana apareceu me o herpes labial, existe inflamação dos gânglios e nas costas e ombros apareceram como se se tratasse de borbulhinhas muito pequeninas nas costas, mas não no todo, só em alguns sítios.
Para o herpes não tratei com nenhum medicamento nem pomada.
Poderá ser indicio de uma toxoplasmose?
Obrigada!
Boa tarde, estou grávida de 13 semanas e no passado dia 19 de Março tive uma consulta com o meu obstetra e tenho a tensão alta, estou a ser medicada, mas gostaria de saber que tipo de alimentos poderia consumir para ajudar a reduzir a tensão alta.
Obrigada.
Boa tarde.
Um episódio de prostatite, que foi tratada, pode de alguma forma interferir com a qualidade/ quantidade de espermatozóides do meu marido?
Obrigada
Boa tarde.
Estou a passar por um aborto tubar, resultante de uma gravidez ectópica. Já estive, inclusive internada, mas os níveis de beta hcg diminuíram e não foi necessária nenhuma intervenção cirúrgica nem medicamentosa. Os médicos dizem que o corpo vai absorver.
Nas minhas pesquisas até agora não vi nenhum testemunho de um caso sem intervenção. Será comum realmente o corpo absorver? Não ficarei com sequelas? Não terei a qualquer ponto de fazer alguma intervenção?
Obrigada.